Segurança pública

Mesmo com protestos, policiamento ostensivo é visto no centro de Santa Maria

Naiôn Curcino

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O dia seguinte aos protestos que tomaram conta das ruas centrais e da Praça Saldanha Marinho, em Santa Maria, foi de relativa normalidade para a população da cidade. As áreas centrais da cidade estavam, como de costume, bastante movimentadas. Os bancos funcionaram normalmente. Por outro lado, um fato chamou a atenção de quem passava pelo Calçadão Salvador Isaía na tarde desta terça-feira. Um número aparentemente maior de policiais do que o usual foi visto circulando pelo local e nas ruas dos arredores.

- Quando voltei do meu intervalo, perto das 14h, notei que tinha muitos policiais. É bom, reforça a sensação de segurança. Mas, não tenho opinião sobre esse momento de protestos - afirma o vendedor Pablo Abreu, 20 anos.

Enquanto a reportagem do "Diário" esteve no Calçadão, entre 15h30min e 16h15min, foram vistos pelo menos 10 policiais do 2º Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Brigada Militar fazendo o policiamento a pé.

O comandante do batalhão, major Cléberson Bastianello, disse que o planejamento foi mantido e que o maior número de policiais na área central é estratégico, já que, no início do mês, a circulação de pessoas é maior. O major afirma que o fato de os policiais estarem a pé não tem relação com possíveis problemas em viaturas e com os protestos dos servidores pelo parcelamento do salário. 

- Não tivemos nenhuma alteração. As atividades estão transcorrendo normalmente. É claro que existem problemas. Raramente, temos 100% das viaturas à disposição. Temos viaturas baixadas, sim, mas, tudo dentro da normalidade. Não há carros com problemas de documentação, apenas mecânicos - explica.

Conforme Bastianello, o 2º BOE conta com mais de 40 viaturas para realizar o policiamento, mas não especificou quantas estão à disposição para realizar o serviço.

Polícia Civil

Já na Polícia Civil, as delegacias voltaram a abrir nesta terça, mas o trabalho foi restrito. Investigações antigas seguem paradas, só casos de flagrantes têm os inquéritos remetidos à Justiça. Ocorrências simples continuam sem ser registradas, apenas na Delegacia Online.

Na tarde de terça, a equipe do "Diário" permaneceu na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA), que fica na Rua dos Andradas, entre 14h45min e 15h30min. Nesse período, cinco pessoas compareceram no local para registrar ocorrências. Nem todas foram atendidas.

Uma dona de casa de 56 anos foi até o local para registrar uma ocorrência contra o seu marido. Segundo ela, na DPPA, ela foi aconselhada a ir para a Delegacia da Mulher. Lá, teriam dito que só registrariam casos graves, de agressão, estupro ou homicídio.

- Disseram que o meu caso não era grave. Quando o meu marido enlouquecer dentro de casa e me matar, aí eles vão ir. Tive que voltar para casa sem resolver nada - desabafa.

Além disso, a dona de casa reclama que ligou para o 190, da Brigada Militar, no mínimo quatro vezes, mas não foi atendida. O comandante da BM em Santa Maria, coronel Worney Mendonça, explica que o setor está funcionando normalmente e que quando todas as linhas estão ocupadas, a chamada cai em um outro número e, por isso, chama até cair.

Situação de viaturas não mudou

Desde que os protestos foram anunciados, na sexta-feira, vários policiais relataram casos de viaturas policiais que não tinham condições de circular, tanto por questões de documentação quanto de mecânica. Alguns coletes à prova de balas estariam vencidos e por isso alguns policiais também teriam se recusado de ir para a rua.

Conforme o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva Central (CRPO), coronel Worney Mendonça, que os policiais só saem para rua com equipamentos em condições. Segundo ele, há casos de coletes vencidos e de problemas em viaturas, mas dentro da n"

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