Maria Portela se aposenta; relembre cinco momentos marcantes da trajetória da judoca

Letícia Almansa Klusener

Maria Portela se aposenta; relembre cinco momentos marcantes da trajetória da judoca
Foto: Federação Internacional de Judô (Divulgação)

Uma dos maiores destaques do judô feminino encerrou sua carreira nesta quarta-feira (1). Aos 35 anos, a judoca Maria Portela anunciou aposentadoria na modalidade. Natural de Júlio de Castilhos e revelada em projeto social no Bairro Tancredo Neves, a atleta coleciona conquistas nacionais e internacionais. Faltando mais de um ano para a Olimpíada de Paris, a gaúcha ainda tinha grandes chances de alcançar um novo ciclo olímpico. Ela ocupava o 13º lugar do ranking mundial da categoria até 70kg, a melhor colocada entre as brasileiras, mesmo sem competir desde dezembro do ano passado. No Instagram, disse estar muito grata pela trajetória. O Diário separou cinco momentos marcantes da carreira da Raçudinha dos Pampas, confira. 

O começo em projeto social

Foto: Marina Chiapinotto (Diário/Arquivo)

Maria Portela começou a treinar quando tinha apenas oito anos. Foi no projeto Mãos Dadas, no Bairro Tancredo Neves, que iniciou sua carreira vitoriosa, ao lado da sensei Aglaia Pavani. Logo nas primeiras competições, conquistou espaço. Aos 18 anos, ao seguir para o Projeto Futuro, em São Paulo, conseguiu as primeiras oportunidades a nível nacional, defendendo a seleção brasileira de judô da categoria. Retornou ao Sul, aos 22 anos, após convite para treinar na Sociedade de Ginástica de Porto Alegre (Sogipa), em dezembro de 2010. 

Liderança do ranking mundial em 2018

Ao garantir o título de campeã do Grand Slam de Ecaterimburgo na Rússia em 2018. Maria Portela somou mil pontos na categoria 70kg. Com isso, assumiu a liderança do ranking da Federação Internacional de Judô do peso médio. 

Na época, três brasileiros estavam no topo do mundo em suas categorias: Érika Miranda (52kg), Maria Portela (70kg) e David Moura (+100kg). Feito que apenas o Brasil e o Japão haviam assegurado até então. 

Três participações em Olimpíadas

A gaúcha participou de três edições dos Jogos Olímpicos. Sua estreia foi em Londres, em 2012, quando foi eliminada na primeira rodada da categoria feminina, que envolvia a oitava e a nona melhores do ranking olímpico. Em 2016, participou da Olimpíada do Rio de Janeiro, chegando até as oitavas de final ao sofrer uma derrota polêmica para Madina Taimazova, do Comitê Olímpico Russo. Sua última edição olímpica foi em Tóquio, em 2020, quando caiu também nas oitavas de final para a russa Madina Taimazova. Maria Portela também participou de dois Sul-Americanos e 10 Mundiais de Judô. 

A raça e o choro

Conhecida pelo apelido de Raçudinha dos Pampas, a judoca honrava a forma que a chamavam. Sempre elogiada por quem a assistia, Portela também, após as derrotas que fazem parte da vida de todo atleta, sabia pontuar seus erros e olhar para o futuro. Em momentos marcantes da carreira, vibrava como nunca. 

Ao encerrar sua participação nos Jogos Olímpicos em Tóquio, a derrota foi marcada por muito choro. Na época, questionou-se a atuação do árbitro do combate. Isso porque Portela foi desclassificada ao receber o terceiro “shido”, que se trata da punição mais leve do judô. Contudo, conforme alguns especialistas, a brasileira teria tido um “wazari” (outra pontuação da modalidade) não computado. Caso tivesse sido validado, o resultado seria outro. E, mesmo com a atuação polêmica, a judoca puxou para si a responsabilidade. 

Conquistas internacionais

Foto: William Lucas (Divulgação)

Maria Portela se destacou em todas as competições disputadas, seja pela vontade de lutar até o fim, mas também pelos títulos conquistados. Na carreira, a judoca garantiu 13 medalhas em Continental Open (uma de ouro, sete de prata e cinco de bronze), 11 medalhas em Grand Slam (três de ouro, três de prata e cinco de bronze), 10 medalhas em Grand Prix (duas de ouro, três de prata e cinco de bronze), nove medalhas em Campeonatos Pan-Americanos (dois ouros, três pratas e dois bronzes), três medalhas de ouro em Campeonatos Mundiais Militares, duas medalhas de bronzes em Jogos Pan-Americanos e uma medalha de ouro World Masters. 

Sobre o futuro

Mesmo se aposentando das competições, ela afirma que não vai se afastar do judô. 

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