"Um ato em defesa da democracia e contra o golpe". É com esse slogan que simpatizantes do governo Dilma realizam uma manifestação em apoio ao governo desde as 18h desta quinta-feira, na Praça Saldanha Marinho,em Santa Maria.
Segundo a organização, cerca de 3 mil pessoas participaram do ato por volta das 20h, mais do que as 2 mil do último dia 18. Conforme a Brigada Militar (BM), haviam 900 pessoas.
Um dos integrantes da Frente Brasil Popular Região Centro, uma das entidades que organizaram o evento, Mateus Luan, sustentou que o ato foi em defesa da democracia.
Com cartazes e palavras de ordem, militantes do PT e do PCdoB e integrantes de movimentos sociais como CUT, CTB, UNE, MST, MNLM levaram suas bandeiras vermelhas para a praça. Alguns participantes carregavam a bandeira do Brasil e tinham o rosto pintado com a cor vermelha. Com o rosto pintado cantavam:
Não vai ter golpe, vai ter luta!
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Por volta das 20h, o grupo saiu da Saldanha Marinho, percorrendo as principais ruas do Centro. O trânsito ficou em meia pista. As atividades devem ser encerradas no Largo da Locomotiva, na Avenida Presidente Vargas.
Ao longo do trajeto, as críticas se voltaram à grande mídia, a setores da sociedade, como entidades de classe empresariais e partidos de direitas.
Frases como fora Cunha e fora Moro ecoaram entre os participantes. Em relação ao magistrado, vinculavam as ações do juiz como sendo a serviço do PSDB.
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O deputado estadual e pré-candidato à prefeitura, Valdeci Oliveira, esteve presente e defendeu a legitimidade da gestão petista no Planalto. Para ele, as pedaladas fiscais não justificam o pedido de impeachment. O petista avalia que o PT precisa repensar o seu papel junto à sociedade:
O PT, assim como outros partidos, cometeu seus erros, mas o que não se pode permitir é uma campanha de execração e de extinção de uma sigla. Apenas com reforma política poderemos mudar o modo de fazer política.
Outro deputado estadual esteve no ato. Juliano Roso, do PCdoB, que disse haver uma orquestração da grande mídia para marginalizar a esquerda no país.
De acordo com Raul Vilaverde, um dos organizadores, foi solicitado à Brigada Militar e à Gerência Municipal de Trânsito (GMT) o acompanhamento durante a manifestação. Contudo, as autoridades não atenderam às solicitações.