Ontem, defendi que o dinheiro do novo Fundo Municipal de Saneamento, que receberá verbas de parte do lucro da Corsan na cidade, seja utilizado não só para ampliar as redes de esgoto e água da cidade, mas também para projetos de educação ambiental e de erradicação de lançamentos clandestinos de esgoto, que poluem nossos arroios e sangas. No mesmo dia, por coincidência, vejam só a foto que nosso canoísta olímpico Gilvan Ribeiro publicou no Facebook. A imagem mostra o menino Gustavo, um dos alunos do Projeto Remar, coordenado pela Asena, com só um pouco do lixo recolhido da barragem do DNOS, uma das que abastecem a cidade.
É inaceitável que esse tipo de cena continue se repetindo em nossos rios e barragens. Se é difícil mudar os adultos de hoje, é preciso um grande trabalho de conscientização das crianças nas escolas. Nessa linha, um projeto feito em Santa Rosa é só uma das ideias que poderiam ser copiadas aqui e em todo o Brasil. Lá, cada escola tem um espaço para recolher o óleo de cozinha, que é transformado em biodiesel e sabão, deixando de poluir.
Em Porto Alegre, foi instalada uma ecobarreira que coleta plásticos e outros lixos que estão boiando no Arroio Dilúvio. Por que não podemos fazer o mesmo no Arroio Cadena e no Rio Vacacaí Mirim com parte dessa verba do Fundo de Saneamento?