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Foto: Felipe Dalla Valle (Governo RS, divulgação)
Transmissão ao vivo ocorreu na manhã desta quinta-feira
O governo estadual avalia a velocidade da vacinação no Rio Grande do Sul como dentro do esperado. Em transmissão ao vivo na manhã desta quinta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) também confirmou duas novas etapas da Epicovid19-RS e avaliou os números da pandemia no Estado. O governador também anunciou que não serão toleradas aglomerações nas festividades de Iemanjá e Navegantes, no dia 2 de fevereiro, bem como no Carnaval, em 16 de fevereiro. Participaram da transmissão a secretária de Saúde Arita Bergmann e o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia Luís Lamb.
PESQUISA DO CORONAVÍRUS
Foram confirmadas mais duas etapas da Epicovid19-RS, pesquisa que busca estimar o número de pessoas que já contraíram o novo coronavírus no Rio Grande do Sul. A primeira será realizada entre 5 e 8 de fevereiro e traz um diferencial em relação às anteriores: a inclusão de um novo teste de anticorpos para a Covid-19, ao lado dos testes rápidos e entrevistas que já fazem parte dos procedimentos de coleta de dados do estudo. A decisão de incluir o método de testagem desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) baseia-se numa maior precisão do exame para identificar a presença de anticorpos para a Covid-19, especialmente em casos de infecções mais antigas. Serão visitadas casas de 4,5 mil famílias em nove cidades gaúchas (Canoas, Caxias do Sul, Ijuí, Pelotas, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana).
VACINAÇÃO CONTRA A COVID
A secretária de Saúde Arita Bergmann falou sobre a vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul. Conforme números da SES-RS, apenas menos da metade (122 mil de 286 mil) das doses distribuídas pelo Estado foram aplicadas. Entretanto, para Arita, o índice está dentro do esperado.
- As vacinas que recebemos de Oxford na domingo foram distribuídas na segunda-feira e as 18 coordenadorias passaram a fazer a repartição na terça e quarta-feira. Essas 122 mil doses aplicadas, a maioria delas é da primeira remessa, acontecida na semana anterior. Não teve tempo hábil de vacinar a Oxford - explica.
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Arita também não deu previsão para que o Estado alcançasse a imunidade de rebanho. A vacinação foi condicionada aos repasses de doses pelo Ministério da Saúde:
- Se o Ministério da Saúde cumprisse o calendário de compra e produção de vacinas, havia uma previsão inicial de que até junho de 2021 pudéssemos vacinar pelo menos os primeiros grupos do cronograma.
Leite também garantiu que fará a compra de vacinas para o Estado caso a Federação não disponibilize as doses necessárias. Na última terça-feira, o governo do Estado manifestou interesse na compra da vacina russa Sputnik V.
O governador afirmou ainda ser contra a aquisição de vacinas pela iniciativa privada.
- Até que haja fluxo assegurado de volume de vacina suficiente do grupo prioritário, que se dará pelo SUS, é errado pensar em vacinas compradas pelas iniciativas privadas _ disse o tucano.
AGLOMERAÇÕES
Conforme Leite, estão proibidas comemorações e manifestações coletivas, que gerem aglomerações, nas festividades de Iemanjá e Navegantes, no dia 2 de fevereiro, e no Carnaval, marcado para 16 de fevereiro. Por enquanto, não há um decreto específico que regule as atividades.
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- Nós respeitamos as manifestações religiosas individuais, mas, na medida em que geram aglomeração, se tornam um problema sanitário e, consequentemente, na falta de cuidado, um problema coletivo. Por isso, o Estado vai deixar claras as determinações e repassar as orientações às prefeituras no sentido de coibir aglomerações - pontuou Leite.
NÚMEROS DA PANDEMIA
O governo estadual avalia com otimismo os números da pandemia no Rio Grande do Sul. Entretanto, Leite reforçou o pedido para que a população tome os cuidados e siga as regras de prevenção ao contágio do vírus:
- O RS está observando uma redução nas internações por coronavírus, o que é um bom fato a ser compartilhado, mas também é importante compartilhar que, se diminuímos de 3,2 mil para 2,3 mil pacientes suspeitos ou confirmados com Covid em leitos clínicos e de UTI nos hospitais - que é uma redução expressiva de 900 casos e é positiva -, 2,3 mil ainda é um patamar alto. São pelo menos 500 a mais do que tínhamos em outubro e está mais ou menos no patamar do inverno do ano passado.
*Colaborou Felipe Backes