Lei não exige que parques de diversões tenham ambulância de plantão

A ausência de uma ambulâncias de plantão no parque de diversões Tupã e a indisponibilidade do Serviço Móvel em Atendimento de Urgência (Samu) deslocar viaturas para atender Érika Henriques Andrades, 13 anos, é motivo de revolta entre seus familiares. A menina morreu na manhã desta quarta-feira no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) depois de passar mal enquanto andava em um brinquedo do parque, instalado em Santa Maria há mais de um mês.

De acordo o comandante dos Bombeiros da Região Central, tenente-coronel Luis Marcelo Gonçalves Maya, na legislação que regulamenta a segurança contra incêndio e pânico em parques de diversões não há menção à presença de ambulâncias. Maya informou ainda que o Park Tupã está com o Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) em dia. O local está regular, foi vistoriado e, desde que se instalou no município, teve o alvará liberado:

_ Não é obrigatório ter ambulâncias. O que é exigido são os laudos de eletricidade e montagem dos equipamento para o  PPCI _ afirma Maya.

Conforme a  assessoria de comunicação do Serviço Móvel em Atendimento de Urgência (Samu), no domingo, por volta das 18h, as três ambulâncias do Samu em Santa Maria estavam em atendimento. Uma, inclusive,  socorria duas vítimas de um acidente de trânsito, que aconteceu nas imediações do parque. A assessora, Silvana Maldaner, informa que as ambulâncias dependem da autorização da central de Porto Alegre para atender qualquer ocorrência:

_ O Samu depende da reguladora autorizar. Nem mesmo a ambulância pode parar em algum local durante atendimento _ esclarece Silvana, que já solicitou à Central informações sobre o caso.

De acordo com relato dos médicos da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) à assessora, a adolescente chegou desfalecida no local. Foram necessários vários procedimentos para reanimá-la, antes de encaminhá-la ao Husm.