A inauguração ocorreu junto as instalações do Instituto de Redes Inteligentes (INRI) da Universidade Federal de Santa Maria nesta segunda-feira. O projeto para a construção do novo laboratório e os materiais de pesquisa custaram cerca de R$ 2 milhões, segundo representantes da CPFL Energia. Os valores foram investidos por meio de uma parceria da empresa com a Universidade que possibilitará novos estudos na ampliação da segurança dos trabalhadores que atuam diariamente com a rede elétrica.
– Reforça cada vez mais a importância do conhecimento na tomada de decisões e como isso se reverte para os trabalhadores que atuam com energia elétrica, para que no futuro a gente tenha processos e condições melhores, tanto para os profissionais, quanto para o público em geral – afirma Caius Malagoli, diretor de Engenharia da CPFL Energia
Sala de máquinas possui reatores e um transformador com a capacidade de alternar o nível de corrente elétrica
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Os Arcos Elétricos, também conhecidos como arcos voltaicos, são basicamente o resultado de um curto-circuito. Ou seja, é o acontecimento que surge devido a uma descarga elétrica entre dois polos, superior à resistência do ar e mantida pela formação de gases que agem como meio condutor para a corrente elétrica. O laboratório da UFSM, que será capaz de realizar testes de energia liberada no ar, é o único do país capaz de realizar testes em ambientes controlados com a capacidade de 20 mil amperes.
– Nós temos uma sala de máquinas que é dotada de reatores e um transformador, e esses reatores tem a capacidade de alternar o nível de corrente que ocorre o ensaio do arco elétrico. Nós conseguimos fazer ensaios com nível mínimo e máximo de corrente, desta forma mapear uma enorme faixa de arcos elétricos, e também controlar o ambiente onde esse arco elétrico ocorre, como calor, chuva, umidade, etc – explica o professor, coordenador do Laboratório, Vitor Cristiano Bender.
Coordenador do Laboratório, Vitor Bender, explica como a sala de ensaios pode fazer estudos com nível mínimo e máximo de corrente elétrica
O laboratório possui ao todo dois ambientes, uma sala de máquinas, com os reatores e transformadores e outra de ensaios, onde ocorrem as pesquisas e variações dos arcos elétricos. Segundo o diretor do Centro de Tecnologia da UFSM, Tiago Marchezan, além de possibilitar novas recomendações de segurança do sistema elétrico, a parceria com empresas privadas, possibilitarão cada vez mais novos estudos e pesquisas que só reformam o papel de protagonismo da Universidade junto a comunidade:
– Referenda o estudo e a pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria. O reconhecimento da CPFL Energia da nossa capacidade da geração de conhecimento, com certeza, irá culminar em novos projetos de inovação e tecnologia.
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As primeiras pesquisas no laboratório serão realizados pela Pós-Graduação de Engenharia Elétrica com uma equipe com sete professores e seis alunos.
José Quintana Jr, jose.quintana@diariosm.com.br
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