Justiça reafirma autorização para limpeza da Kiss

Em nova decisão nesta sexta-feira, o juiz Ulysses Fonseca Louzada reafirmou uma determinação anterior de 2 de dezembro do ano passado, em que autorizava a limpeza na boate Kiss. Com o novo despacho, o magistrado reitera a liberação para que a empresa dona do imóvel, a Econn Empreendimentos e Hotelaria, execute o serviço que está previsto para o dia 1º de dezembro.

A nota do juiz diz que "a limpeza deverá ocorrer da forma como os órgãos competentes entendam correta, a fim de que não haja nenhum risco de saúde à população, pessoas que ingressarem no local e nem de contaminação do meio ambiente."

A determinação ainda diz que a limpeza e desintoxicação do prédio devem ser completas, "sem demolições, deixando-o livre de qualquer contaminação." Reitera que as amostras de materiais para preservação de futuras provas já foram coletadas em 11 de março deste ano por perito do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e que o levantamento fotográfico, medição e descrição de cada peça que integrava a estrutura do prédio devem ser feitas quando ocorrer a limpeza do local.

A nova decisão teve como base protocolo feito pela Econn na 1ª Vara Criminal no dia 3 deste mês. Segundo o advogado Paulo Henrique Corrêa da Silva, a empresa questionou o juiz se a limpeza poderia ser total, com retirada, inclusive, de móveis, eletrodomésticos e etc. A dúvida, conforme Silva, é que com a retirada dos móvel o interior da boate ficará diferente ou até mesmo descaracterizado em relação ao dia da tragédia o que poderia comprometer uma futura reconstituição do incêndio de 27 de janeiro de 2013.

Ainda segundo o advogado, após a nova decisão do juiz, a empresa começará a comunicar novamente prefeitura, moradores e empreendedores do entorno da Kiss sobre as alterações na Rua dos Andradas no período da limpeza.