Agudo

Júri popular do caso Daniela é transferido devido à troca de advogado

Naiôn Curcino

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Um dos crimes de maior repercussão na região nos últimos anos está perto de ter um desfecho. Porém, ainda não será nesta quinta-feira, data em que ocorreria o júri popular de Rogério de Oliveira, acusado de estuprar e matar a jovem Daniela Ferreira, 19 anos, e, depois, esconder seu corpo, em 2012, em Agudo. Como o novo advogado do réu, Sérgio dos Santos Lima, assumiu o caso somente na terça, haveria pouco tempo para ele estudar o processo até o julgamento. Por isso, a juíza da comarca de Agudo, Magali Wickert de Oliveira, decidiu transferir o júri popular para o dia 23, às 9h.

_ É uma questão de ampla defesa. Não tinha condições técnicas de estudar o processo. Inclusive, argumentei isso com o promotor do caso, Dr. Sandro Marones, que é um grande promotor, e ele concordou. Além disso, não poderia estar presente, pois tinha outro júri. E, se o julgamento do Rogério saísse sem a minha presença, com certeza seria anulado. Agora, há tempo hábil suficiente para estudar o processo e realizar o julgamento _ salienta Lima.

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No comunicado ao Tribunal de Justiça do Estado sobre a transferência do julgamento, a juíza disse que "devido ao princípio de ampla defesa e com vistas a evitar o cerceamento da defesa, entendeu salutar a transferência do júri".

Para o advogado da família de Daniela, Daniel Tonetto, pouco importa a data do julgamento e, sim, a certeza de que a justiça será feita:

_ A pessoa tem o direto de mudar de advogado quando e quantas vezes quiser, mas, no dia 23, vamos buscar justiça. Respeito a decisão de alterar a data, mas o principal é manter o foco. A justiça deve ser feita, e ele vai ser condenado. O sofrimento da família é infinito. Não ter o direito de levar uma flor no cemitério é muito triste. Mas o que consola um pouco é que ele está preso e deve continuar _ afirma Tonetto.

Lima é o terceiro advogado de Oliveira no caso. Desde que foi preso, quem lhe defendia era o advogado Antonio Carlos Porto e Silva, que pediu afastamento do caso em 13 de março deste ano.

O defensor público José Salvador Cabral Marks foi nomeado para fazer a defesa do réu. Porém, nesta terça-feira Oliveira constituiu Lima como seu advogado.


Os principais fatos do Caso Daniela

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