Caso Kiss

Juiz restringe acesso de familiares de vítimas às audiências do processo criminal

Lizie Antonello

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O juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Fonseca Louzada, decidiu restringir temporariamente a presença de familiares de vítimas da tragédia na boate Kiss às audiências do processo criminal. A decisão vale para os depoimentos que ocorrem em Santa Maria nesta terça-feira e para a sessão marcada para o dia 27 deste mês em Alegrete. Além disso, uma mãe de vítima não poderá mais participar das sessões.

A medida foi adotada, segundo o juiz, depois que dois advogados de defesa dos réus reclamaram ter sofrido supostas ameaças dentro do Fórum, antes e após a última audiência, ocorrida no dia 30 de maio.

_ Não vou permitir perturbação dentro do Fórum. Ao mesmo tempo, não há razão para impedir que as demais pessoas tenham acesso ao processo. Seria absurdo impedir o acesso à informação. Então, para que o processo continue de forma tranquila, vamos manter a publicidade e retirar essa ou aquela pessoa. Por enquanto, os familiares das vítimas não vão entrar na audiência de hoje e nas próximas precatórias. Depois, poderão retornar, mas firmaram o compromisso de ficar em silêncio _ explicou Louzada.

Um pequeno grupo de pais foi ao Fórum, mas ficou do lado de fora.

Arquiteta disse que Kiko pediu sugestões estéticas para a boate em 2012

A manifestação do juiz abriu a audiência desta manhã, antecedendo o depoimento da arquiteta Nivia da Silva Braido. Em seu relato, a profissional disse que Elissandro Spohr, o Kiko, pediu a ela informações e sugestões sobre a parte estética no interior da casa noturna em janeiro de 2012. Ela disse ainda, que tirou dezenas de fotos na boate durante as obras que ocorriam naquele período e que, com base na imagens, fez simulações de papéis de parede e decoração, que foram apresentadas a Kiko.

Na ocasião, ele teria gostado de uma das sugestões e pedido que fosse enviada por email, dizendo que iria consultar Mauro Hoffmann (o outro sócio) sobre a possibilidade de executar a obra. Nivia foi ouvida como informante porque tem um relacionamento com um integrante da Assistência da Acusação.

Em seguida, foi ouvido Douglas Azevedo Lobo, funcionário da empresa Fuel que usou artefatos pirotécnicos na boate. Ele contou que realizou duas a três apresentações desse tipo na Kiss e que os artefatos eram utilizados no começo das apresentações.

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