Eduardo Leite anuncia a pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul
Nesta segunda-feira, cercado pelas principais lideranças do PSDB do Estado, entre elas, o prefeito Jorge Pozzobom, e ao lado do governador Ranolfo Vieira Júnior, até então o pré-candidato ao Piratini, Leite afirmou que a definição de seu nome partiu de uma decisão conjunta. “Esta é uma decisão coletiva do meu partido. Mas, sobretudo, é uma decisão tomada ao lado e junto com o governador Ranolfo, como foram todas as outras decisões que tomamos nos quatro anos do nosso governo. Ranolfo não é apenas leal, mas é comprometido, tanto quanto eu, com o projeto que idealizamos e construímos juntos, e para o qual continuamos unidos para levá-lo ainda mais longe”, destacou Leite, em carta aberta divulgada também ontem.
Cercado das principais lideranças tucanas gaúchas, Leite confirmou a pré-candidatura ao Palácio Piratini /Foto: Mauricio Tonetto (Divulgação)
Crítico da reeleição, Leite não escapou de perguntas mais embaraçosas na coletiva, principalmente pelo fato de repetir por várias vezes que não concorreria a um segundo mandato, ao mesmo tempo em que disse que a renúncia lhe abria “todas as possibilidades e não me retirava nenhuma”. À imprensa e também na carta, ele tentou justificar o não cumprimento da promessa. “Estar fora do cargo é a única maneira em que eu aceitaria disputar a reeleição. Mudei de opinião, mas não mudei de princípios”, argumentou o também ex-prefeito de Pelotas.
Ranolfo também divulgou carta de apoio a Leite. “Sempre ressaltei que abriria mão de concorrer à reeleição caso houvesse a confirmação da candidatura do Eduardo”, disse ele.
Partidos aliados
Com a pré-candidatura oficializada, o ex-governador Eduardo Leite terá de correr para recuperar o tempo perdido quanto aos aliados. União Brasil, que tem um Fundo Eleitoral generoso, e PSD, da pré-candidata ao Senado Ana Amélia Lemos, são siglas que estão no governo Ranolfo e tendem a continuar unidas na campanha. Leite, talvez, terá mais trabalho para atrair o MDB, do pré-candidato Gabriel Souza. O PSDB apoiará Simone Tebet (MDB) a presidente. Em troca, a legenda deverá apoiar Leite. Gabriel estaria resistindo à ideia, mas parece uma questão de tempo.
Na carta, o ex-governador fala da importância dos aliados. “Neste momento, quero encerrar dizendo que o governo Eduardo Leite não foi feito pelo Eduardo Leite. Foi feito por centenas de mãos de dezenas de partidos políticos. É justo que agora estejamos unidos novamente (…)”, frisou o tucano.
Tucano concede entrevista à CDN nesta terça
O ex-governador Eduardo Leite concede entrevista, nesta terça-feira, ao programa CDN Entrevista, sobre sua decisão. Ele falará a partir das 14h5min