Eduardo Ramos
Dos três espaços mostrados, o Centro Desportivo Municipal (CDM), Região Central, é o que apresenta melhor estrutura e recebe o maior número de atividades esportivas. Já o Oreco, no Bairro Tancredo Neves, apesar de problemas no telhado e no piso, pode ser utilizado pela comunidade.
Entretanto, o Guarani-Atlântico, uma grande conquista da comunidade da Zona Norte, lugar de grande vulnerabilidade social, está interditado. Só o campo de futebol pode ser utilizado pela população. Atingido por um temporal em 2015, o ginásio agoniza desde lá. Chegou a ser abrigo de pessoas em situação de rua e alvo de vândalos. Por iniciativa dos moradores, o espaço foi limpo.
E não há perspectiva no horizonte para uma solução quanto às obras. O telhado foi reformado, mas, conforme o secretário de Esporte e Lazer, Gilvan Ribeiro, o piso, a iluminação e os acabamentos internos precisam ser feitos. Porém, a empresa vencedora da licitação não realizará mais as obras do Guarani-Atlântico, bem como as creches e a reforma do Parque Itararé, também de responsabilidade da mesma empreiteira. Ou seja, a prefeitura terá de lançar novo processo e não há previsão, lamentavelmente, para a reforma do ginásio.
Embora os trâmites burocráticos, o governo municipal precisa dar uma atenção especial e resolver a situação do Guarani. A Região Norte tem registrado, com frequência, o envolvimento de jovens e adolescentes com o tráfico de drogas e assassinatos. O funcionamento a pleno vapor do ginásio oportunizará novamente ser um local de inclusão, convívio social e de práticas esportivas, especialmente um atrativo para os jovens. O próprio secretário Gilvan Ribeiro, que é canoísta, vem da periferia e sabe o quão fundamental é o esporte.
Jaqueline Silveira, [email protected]