A Brigada Militar realizou, na tarde de segunda-feira, a prisão do comerciante Eldemir Luiz Miolo, 43 anos, condenado por assassinar a esposa, Betânia Furlan Miolo, de 33 anos, em Santa Maria, há quase nove anos. O crime aconteceu em frente à residência onde o casal morava, na ERS-509, a Faixa Velha de Camobi, na tarde de 7 de setembro de 2013. Ele chegou a ficar preso por cerca de um mês, na época do crime, mas foi solto e respondia ao processo em liberdade.
Miolo havia sido condenado em 2018 a 16 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado. Ele obteve o direito de recorrer em liberdade até que se esgotassem todos os recursos judiciais.
O advogado do comerciante, Bruno Seligman de Menezes, explica que o processo chegou ao fim e todas as estâncias possíveis foram percorridas. A partir de agora, Miolo começa a cumprir oficialmente a pena.
– Estamos acompanhando, fazendo uma análise de tudo que ele cumpriu ao longo de todos esses anos, para ver se algum pedido de benefício pode ser feito – afirma o advogado.
A prisão de Miolo aconteceu na frente da residência do comerciante, na Faixa Velha de Camobi, quando ela saía de casa, no começo da noite de segunda-feira.
Relembre o crime
Faixas e cartazes feitos pela família de Betânia foram pediam justiça para a morte de Betânia Furlan (foto à dir.)
Na tarde do dia 7 de setembro de 2013, Betânia havia ido levar o filho, na época com 6 anos, na casa da sogra, que morava nos fundos do prédio do casal. Eldemir Miolo a aguardava na frente da residência e, depois de uma discussão, ele teria tentado obrigá-la a entrar no carro dela. Ela não teria aceitado e, então, o comerciante disparou uma vez, atingindo o braço da esposa. Quando a vítima já estava caída, Miolo disparou outros quatro tiros contra a cabeça de Betânia.
Miolo foi preso e confessou o assassinato. Ele disse que efetuou os disparos porque Betânia havia dito que estava em um relacionamento com outro homem.
A condenação do comerciante foi feita pelo júri popular, no Fórum de Santa Maria, no dia 28 de novembro de 2018. A soma da condenação por homicídio duplamente qualificado foi de 17 anos, mas foi atenuada por que o réu confessou o crime.
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