Há três meses, São Pedro do Sul sofre com a falta de médicos

Em meio a pandemia de novo coronavírus, onde se faz mais necessária a figura do médico, a cidade de São Pedro Sul vem sofrendo com a falta destes profissionais. O município que conta com uma ala Covid-19, está com somente quatro médicos, que também precisam dividir suas ações em outras cinco unidades de Atenção Básica, conhecidas como Estratégia de Saúde da Família (ESF).

De acordo com o coordenador da ESF no município, Daniesky Arias, são cerca de 70 atendimentos relacionados à Covid-19 diariamente, mais os atendimentos de outras naturezas.

– Nosso efetivo atual está muito abaixo de demanda, precisamos revesar os locais onde cada médico atua, para tentar cobrir estas lacunas – comenta.

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A situação se agravou a cerca de três meses, quando alguns médicos foram para a Residência Médica e deixaram a cidade. Desde então, foram criados três editais para contratação emergencial de novos médicos, porém, surpreendentemente, nenhum deles teve inscritos.

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Conforme a procuradora do município, Mariane Braibante, a prefeitura, em conjunto com a Secretaria de Saúde e por meio da Procuradoria Municipal, ajuizaram ação civil pública em face do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS), requerendo, a contratação emergencial e provisória de médicos graduados em universidades estrangeiras, sem Revalida – prova de revalidação de diplomas de medicina expedidos por universidades estrangeiras – mas o pedido foi indeferido pela Justiça

Uma alternativa para solucionar o problema levantada pelo Secretário da Saúde Bruno Pinheiro é terceirizar serviços para atuação na atenção básica:

– A Lei 173 nos impede de aumentar salários, por isso um novo edital, não seria a solução. Uma possibilidade será contratar emergencialmente profissionais terceirizados – explica.

* Colaborou Gabriel Marques