Funcionário que ficou ferido em assalto teve morte cerebral decretada 

O homem que ficou gravemente ferido após um assalto, na semana passada, na empresa onde trabalhava, teve a morte cerebral decretada na noite de terça-feira. Após passar por três exames, Orion Pompeu Barcelos Filho, 57 anos, teve a morte encefálica confirmada. 

Orion trabalhava no setor administrativo da Della Pasqua Engenharia há pelo menos 15 anos, de acordo com seus familiares. Na quarta-feira da semana passada, dia 4 de outubro, ele havia saído da empresa para buscar algumas peças e, quando retornava, no estacionamento da empresa, foi surpreendido por um grupo de assaltantes que o acompanharam até o interior da empresa. 

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Durante o assalto, pelo menos dois assaltantes dispararam contra os funcionários. Orion foi atingido por um tiro na cabeça e foi encaminhado ao Hospital de Caridade em estado grave. Outros dois funcionários ficaram feridos na ação: um deles levou um coronhada e foi atingido por um tiro no ombro, e o outro levou um tiro de raspão. 

A família de Orion optou pela doação de órgãos de Orion. Com isso, nesta quarta-feira, uma equipe que saiu de Porto Alegre deve cuidar dos transplantes. 

Marcello Lima e Silva, cunhado de Orion, explica que a última semana foi de muito sofrimento para os familiares. Ele conta que Orion era uma pessoa muito querida por toda a família e era um cara muito engraçado. Nascido em Santiago, estava casado com Daniella Lima Barcelos há quase 30 anos. O casal não teve filhos: 

– Era um cara superespecial. Estava sempre de bom humor, sempre rindo, adorava futebol e era colorado doente, gostava de viajar com a família, de fazer churrasco – lembra Marcello. 

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A Polícia Civil investiga o caso, que, por enquanto, é tratado como tentativa de latrocínio. De acordo com a delegada Alessandra Padula, que responde pela Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), ainda não há novidades no caso. 

O ASSALTO 

Foto: Gabriel Haesbaert / NewCO DSM

O assalto aconteceu por volta das 11h do dia 4 de outubro. De acordo com relatos de quem estava na empresa, cinco pessoas teriam participado do crime - três entraram e anunciaram o assalto e outros dois esperaram dentro de um carro. Como o grupo não encontrou dinheiro na empresa, acabou levando computadores e celulares do local.