Mobilização

Fim da violência obstétrica é reivindicada em protesto

Pâmela Rubin Matge

Não é a primeira vez que Santa Maria leva às ruas um grupo de pessoas, a maioria mulheres, que busca combater a violência obstétrica. Depois do último protesto, em agosto do ano passado, no fim da tarde desta terça-feira, cerca de 50 participantes, entre eles, mães que alegam ter sofrido procedimentos inadequados durante o parto, organizaram mais uma caminhada que saiu do Largo da Gare e se dirigiu até a Câmara de Vereadores. Desta vez, o objetivo foi também incentivar o debate acerca do tema:

– Temos muitos casos aqui, mas, hoje, não estamos particularizando. O que a gente quer, mesmo, é que as pessoas saibam o que é violência obstétrica. Muitas já até sofreram, mas pouco sabem sobre o assunto. Tem quem nunca ouviu falar na expressão. E temos homens junto, para conscientizar que esse não é só assunto de mulher – explica Bruna Fani Duarte, 24 anos, uma das organizadoras do protesto.

Em maio de 2016, a jovem publicou um depoimento no Facebook acerca do atendimento que recebeu durante o nascimento do filho, Vicente. O bebê morreu 45 dias depois, e o caso teve grande repercussão nas redes sociais.

 Santa Maria - RS - Brasil 03/10/2017Protesto contra a violência obstétrica
Foto: Lucas Amorelli / New Co DSM

Jornadas, ponto eletrônico e atendimentos: um panorama da rede básica de saúde 

Além das mães, pais e público em geral usaram um microfone para pedir mais respeito e empatia por parte dos profissionais de saúde. Algumas faixas e cartazes traziam frases como "Pelas crianças, pelas mães, pela vida", e panfletos eram distribuídos à população ao longo da Avenida Rio Branco.

A Amada Helena, instituição com sede em Porto Alegre, criada em 2013 e que conta com projetos voltados ao luto materno no Rio Grande Sul, também esteve presente na manifestação de ontem.

Nos dias 24 e 26 de novembro, a 1ª Semana Municipal de Conscientização Contra a Violência Obstétrica. A iniciativa é do Grupo de Trabalho formado pelas comissões permanentes de Direitos Humanos, Cidadania, Saúde e Meio Ambiente do Legislativo, pais vítimas de violência obstétrica, profissionais e militantes na área da saúde. A coordenação é do vereador Francisco Harrisson (PMDB).

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