Operação Medicaro

Farmacêutico indiciado pede delação premiada

Naiôn Curcino

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Um farmacêutico de 42 anos, que foi o 10º indiciado na Operação Medicaro, fez um pedido de delação premiada. A delação premiada beneficia algum investigado que aceite relatar o que sabe sobre o crime em investigação. As vantagens variam, como redução, isenção ou até substituição de pena ou mesmo o regime penitenciário a cumprir.

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No entanto, para ser aceita pelo Ministério Público Federal, a delação premiada precisa trazer algum novo elemento que não conste na investigação. Apenas confirmar provas que já constem no inquérito policial não caracteriza delação premiada. A Polícia Federal não informou sobre o andamento do pedido feito pelo farmacêutico.

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O farmacêutico, cujo nome não foi revelado, foi indiciado por estelionato majorado, quando é praticado contra a administração pública, falsidade ideológica, falsificação de documentos particulares e integrar organização criminosa.

A investigação

A primeira fase da Operação Medicaro foi deflagrada pela Polícia Federal em 23 de maio de 2014, quando foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em farmácias da cidade. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) havia constatado fraudes em orçamentos para obtenção de medicamentos pela Justiça em 2013. O esquema existiria, pelo menos, desde 2010.

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No suposto esquema fraudulento, pacientes que precisavam de remédios que não eram fornecidos pelo Estado ou pela União seriam orientados a ingressar na Justiça. Intermediários providenciariam os orçamentos superfaturados e receberiam, para tanto, 10% do valor do medicamento.

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Advogados que fariam parte do suposto esquema também receberiam entre 5% e 10% sobre o valor orçado. O servidor da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) faria parte do suposto esquema, direcionando a aquisição do medicamento e beneficiando determinadas farmácias. Ele receberia, por isso, um percentual sobre o superfaturamento.

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Além do farmacêutico, já foram indiciados três advogados, um estudante de Direito, o servidor da 4ª CRS e duas pessoas que atuavam como interventoras no local e dois representantes de farmácias.

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