Solidariedade

Família de motociclista que lesionou a coluna após cair em bueiro de Santa Maria cria vaquinha para custear os cuidados

Família de motociclista que lesionou a coluna após cair em bueiro de Santa Maria cria vaquinha para custear os cuidados

Foto: Arquivo pessoal

Em São João do Polêsine, Paulo tem tido acompanhamento focado em sua reabilitação

A família do motociclista que lesionou a coluna e perdeu os movimentos após acidente em bueiro de avenida de Santa Maria organizou uma vaquinha online para ajudar nas despesas financeiras com cuidadores.


No dia 18 de junho, Paulo Roberto Viegas, 65 anos, sofreu um acidente quando o pneu da moto que conduzia caiu entre as grades do bueiro. Com a queda, o motociclista teve lesões irreversíveis em dois pontos da coluna vertebral, sendo que, logo após o ocorrido, ele perdeu o movimento dos membros superiores e inferiores.


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Criada no início de julho, a vaquinha online, que tem como meta alcançar R$ 20 mil, já arrecadou cerca de 37% do valor estipulado. Mas, segundo os cálculos dos familiares, este dinheiro ajudaria a custear apenas o primeiro mês e meio da contratação de cuidadores.  


Internado no Hospital Dr. Roberto Binatto, em São João do Polêsine, o motociclista necessita de cuidadores 24 horas e, de acordo com  Marília Cerutti Viegas, filha de Paulo, o valor para o custeamento seria entre R$ 3,5mil a R$4mil:


— O hospital não disponibiliza cuidador, levantamos a vaquinha para custear isso. Precisamos de ajuda financeira, pois não sabemos como vamos dar conta de manter esses cuidados até que ele recupere um pouco dos movimentos. Ele está lá para reabilitar, provavelmente ela vai precisar ficar lá por alguns meses, mas não sabemos quanto tempo, tudo depende da evolução com a fisioterapia — explica. 


Como as filhas moram e trabalham em Frederico Westphalen, o fim de semana é o período de visitar e dividir os cuidados de Paulo. A previsão é que futuramente ele precise de cuidadores apenas durante o dia, mas, agora, diante da incapacidade motora e dos frequentes pesadelos, se faz necessário o acompanhamento durante as 24 horas do dia.


As contribuições para ajudar a custear as despesas com cuidadores podem ser feitas neste link ou através da chave Pix: [email protected] 


Transferência 

No dia 28 de junho Paulo teve alta do Husm, porém não recebeu encaminhamento para o processo de reabilitação. No dia 30 de junho ele chegou a ser transferido para Frederico Westphalen, onde reside suas filhas. Após quatro dias, elas conseguiram agendar uma consulta na cidade com um médico neurologista credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS). O especialista, então, decidiu que Paulo deveria ter um acompanhamento focado em sua reabilitação, além de o registrar no Gerenciamento de Internações Hospitalares (Gerint).


No dia 4 de julho a família conseguiu uma vaga no hospital de São João do Polêsine, onde o paciente está internado desde o dia 5 com o tratamento adequado para o seu processo de reabilitação.


— A tetraplegia dele existe, mas ele está se recuperando, porém aos poucos. Ele não consegue caminhar, levantar os braços, ou se alimentar. Os médicos afirmam que depende 100% de fisioterapia para a melhora dos movimentos. A recuperação total dificilmente vai acontecer. O trabalho intensivo de recuperação só começou agora com essa nova internação — explica Marília.


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Mobilização de amigos e familiares

Marília revela que a mobilização dos amigos também contribuiu para a criação da vaquinha para a recuperação de Paulo. Desde que souberam do acidente, eles têm procurado a família para contribuir de alguma forma.


— O pai tem se agarrado a essas ajudas. Ele está muito agradecido. Ele ouve os áudios que os amigos enviam e isso dá muita força pra ele, saber que não foi abandonado e que tem uma rede de apoio em que os amigos estão presentes — conta.


O caso

No dia 28 de junho o Diário noticiou que um bueiro localizado em frente a uma parada de ônibus na Avenida Fernando Ferrari estava causando acidentes e preocupações a motociclistas e ciclistas. O principal motivo das ocorrências era o fato de as grades do escoamento estarem no mesmo sentido da via, posição que, ao transitar, ficava propício para que os veículos de duas rodas caíssem nos espaços entre as grades.


No dia 3 de julho o bueiro recebeu uma proteção extra com mais grades, para evitar que pneus ficassem presos ao passar ali. 


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