Família Borba precisa de força para encarar mais uma batalha

O drama de quem espera na fila por um transplante de órgãos pode ser exaustivo e, por muitas vezes, desmotivador. Ainda mais quando o caminho tem de ser percorrido pela segunda vez.

Em fevereiro deste ano, o Diário mostrou a história de uma família de Santa Maria que luta para conseguir rins. Dos seis filhos do casal Celso Luiz Vargas de Borba e Vera Lúcia Silva de Borba, cinco são portadores de nefronoftise, uma doença hereditária que compromete o funcionamento dos rins.
De lá para cá, passaram-se nove meses. Dos cinco filhos dos Borba, quatro já foram transplantados: Cézar, 26 anos, Lucas, 20, Leonardo, 18 e Letícia, 16, que na época da reportagem se recuperava da cirurgia.

Nesta quinta-feira, Leonardo viaja a Porto Alegre para fazer exames de acompanhamento na Santa Casa de Misericórdia. Na bagagem, ele espera trazer uma boa notícia.
- É uma luta contínua. Agora, o Leonardo, que passou por um transplante há nove anos, está apresentando sintomas de rejeição. Provavelmente ele vai ter que entrar na fila de novo. É complicado, mas se é para o melhor, nós encaramos - diz o pai.

A luta da família já dura 12 anos. Por conta do problema de saúde, os irmãos ficam restritos a atividades que não exigem muito esforço físico. A mãe deixou de trabalhar para se dedicar aos filhos. O pai é pedreiro no Cemitério Municipal de Santa Maria. Por vezes, as contas atrasam, e o dinheiro fica curto. Mas a união e a vontade de ir em frente é o que dá forças aos pais.
- Apesar de todos os problemas, agora eles estão bem, melhores do que antes. É importante mostrar a realidade para que outras pessoas se sensibilizem e se tornarem doadores - diz Vera.