O mestrando Thiago Mayson, 28 anos, estuprou a estudante Janaína Bezerra, 22 e, depois que ela morreu, repetiu o ato de violência sexual. Esta foi a conclusão do inquérito da Polícia Civil do Piauí. O crime ocorreu há cerca de dez dias, dentro do prédio da Universidade Federal do Piauí, durante um evento conhecido como “calourada”.
De acordo com reportagem publicada em UOL, Thiago foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, estupro, fraude processual e vilipêndio a cadáver (violência sexual depois da morte). Segundo a delegada do DHPP Nathália Figueiredo, Thiago filmou parte da ação, quando ele e a vítima estavam sujos de sangue.
Segundo a delegada, que é titular do núcleo investigativo de feminicídio do DHPP, o homicídio teve as qualificadoras de feminicídio e meio cruel. O crime de fraude processual, diz ela, se refere ao fato de ele ter tentado esconder o preservativo em um armário da sala em que estavam.
– O laudo do IML constata a violência sexual. Houve o crime de estupro, a vítima foi submetida a violência física e psicológica. A causa da morte foi a luxação cervical que ela sofreu no ato sexual. Ele também praticou relação sexual com ela sem vida – explica a delegada.
A delegada afirma ainda que a polícia recuperou um vídeo feito por Thiago que ele havia apagado do celular. Segundo ela, as imagens mostram cenas entre o primeiro e o segundo ato sexual com a vítima fora de si.
A polícia também acredita que não há a participação de mais pessoas no crime.
– Estamos na pendência do laudo toxicológico, deve sair nos próximos dias. Se for confirmado que a vítima estava sob efeito de drogas ou álcool, passa a ser estupro de vulnerável – afirma Nathália.
A defesa de Thiago afirmou que só vai se pronunciar após ter acesso ao conteúdo do laudo final e após se reunir com os delegados que atuam no caso. Segundo a advogada que representa Thiago, que prefere não se identificar, o acesso ao laudo deve ocorrer na tarde desta segunda-feira (6).
*com informações do UOL