Foto: Marcelo Oliveira (arquivo/Diário)
Desde o inicio do ano, o Estado já registra 45 óbitos por dengue. Na última atualização feita pela Secretaria da Saúde (SES) na terça-feira, foram contabilizadas sete mortes. Os dados fazem parte dos mais de 32 mil casos registrados, entre autóctones, ocorridos dentro do RS, e importados. Por conta disso, a secretaria faz um alerta sobre a prevenção, que visa principalmente eliminar locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.
Os últimos óbitos registrados foram confirmados em residentes de Porto Alegre, Boa Vista do Buricá, Jaboticaba, Lajeado, Putinga e Rondinha (dois novos). Por uma instabilidade na exportação dos dados do sistema de notificação federal (Sinan), os números no Estado estavam sem atualização desde a última quarta-feira, o que justifica o aumento nesta quantidade.
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Segundo a Vigilância em Saúde de Santa Maria, o município não tem registros de óbito em decorrência da doença. Entretanto, o número de casos confirmados e em investigação continua crescendo. Conforme o boletim epidemiológico divulgado na sexta-feira, até o momento, Santa Maria tem 65 casos confirmados e 356 em investigação.
Dos resultados positivos para a doença, 43 são de mulheres (66,2%) e 22 de homens (33, 8%). A grande maior dos casos registrados, tanto confirmados quanto suspeitos, é de moradores dos bairros da Região Oeste. O Estado alerta que todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
REGIÃO
Nesta quarta-feira, a Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde do São Pedro do Sul informa que um paciente positivou para dengue na terceira semana de maio de 2022. Como o paciente realizou viagens para cidades onde o vírus da dengue está em circulação foi constatado se tratar de um caso de dengue importado (contraído fora do município), pois em São Pedro do Sul, não há o vírus da dengue circulando no momento.
Logo que soube do caso, a Vigilância Ambiental, através dos Agentes de Endemias realizou um bloqueio de transmissão em um raio da residência do paciente, primeiramente com controle mecânico, eliminando os criadouros e em seguida um controle químico com aplicação do inseticida CIELO nos pátios das residências próximas para eliminar mosquitos Aedes aegypti que pudessem estar no local e evitar que outras pessoas venham a ser contaminadas.
MONITORAMENTO
A relação completa dos casos e óbitos por município, assim como informações de internações por dengue, podem encontradas no painel da SES, em dengue.saude.rs.gov.br, ou no boletim epidemiológico da Semana 21 de 2022.
Pelo acompanhamento da SES, 53 pessoas estão neste momento internadas em tratamento pela dengue, sendo oito delas em leitos de UTI (sete adultos e uma criança). Houve uma redução no número de hospitalizados nos últimos sete dias, que, na última terça-feira, era de 136 pessoas.
Em Santa Maria, o cenário de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya, ocasionadas pelo Mosquito Aedes, é atualizado no site da prefeitura, a partir de dados fornecidos pela Vigilância em Saúde.
*com informações da SES