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Empresário Renan Corrêa conta trajetória no ramo de eventos

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O empresário Renan Corrêa, 65 anos, nasceu em Santa Maria e cresceu no Bairro Itararé. Logo cedo, na juventude, empreendeu a produzir eventos, carreira que trilha até hoje. É casado com Magda Xavier Corrêa, e tem dois filhos, o músico e designer André Corrêa, e a publicitária Paula Corrêa. Nesta entrevista, ele conta um pouco da trajetória pessoal e profissional, na qual se destacou pela criação da famosa marca Refatraz.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Arquivo pessoal

Diário - Qual foi a sua motivação para trabalhar na área de eventos?

Renan Corrêa - Comecei a trabalhar muito cedo. Sempre ligado à música, realizava festas nas garagens dos amigos, utilizando fitas cassetes gravadas. Este envolvimento levou-me a montar um estúdio de gravações. Nele, eu passava músicas de vinil para cassete. À época, buscava muitos discos importados em Montevidéo. Eram materiais que não se encontravam no Brasil ou que demoravam meses para chegar aqui. A demanda de pedidos por gravações era grande. Nossa equipe chegava a gravar 24 horas por dia.

Diário - E quando começou a marca Refatraz?

Renan - Em 1978, dei início à Refatraz, empresa para trabalhar em boates e festas com som e luz, impulsionado pelos amigos Ramatiz Maurente, Itamar Braga, Wilson Almeida e Fernando Baldissera. Além de levar os equipamentos, ajudavam a montar. No princípio, locais como Comercial, Caixeiral, Círculo Militar e Avenida Tênis Clube eram os palcos das festas. De uma brincadeira de amigos, o trabalho ficou sério, expandindo para todos os clubes de Santa Maria e região, e depois, de todo o Estado. Com as discotecas explodindo, em um momento especial, cheguei a trabalhar até em Punta del Este. Com o crescimento da empresa, mais equipamentos de som e luz eram adquiridos. Assim, cada vez mais, apresentávamos novidades nos eventos. data-filename="retriever" style="width: 100%;">Comemorando o ano novo com o filho André (a partir da esq.), a esposa, Magda, e a filha Paula

Diário - Que festas destaca na trajetória da empresa?

Renan - São muitas. Realizamos produções de shows e espetáculos nacionais e internacionais. Produzimos para artistas como Kleiton e Kledir, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Moraes Moreira, Patrulha do Espaço, A Cor do Som, Belchior, Barão Vermelho, Ultraje a Rigor, Manolo Otero, Roupa Nova, Milton Nascimento, Legião Urbana, RPM, Kid Abelha, Alceu Valença, Paralamas do Sucesso, Lobão, entre outros. A empresa também atuou na produção cultural de diversos espetáculos de dança e teatrais. Para citar alguns, Oh! Calcutta!, Folclore Ucraniano Barvinok, Horak Israel, Skate Dance Company of Byelorussia, Os Trapalhões, As Paquitas, As Tartarugas Ninjas e Quatrilho. Realizamos, também, duas edições do tradicional Carnaval de rua de Jaguari, em 2016 e 2017, além da Novemberfest em Santa Maria, e o concurso de beleza Garota Dourada, durante 12 anos consecutivos, em mais de 100 municípios do Estado. Esse revelou grandes nomes, como Ana Hickmann, Luize Altenhoefen, Elen Londero e Ana Paula Quinot. data-filename="retriever" style="width: 100%;">Com Magda (à esq.) e a mãe, Diomira Urbanetto Corrêa, falecida

Diário - Qual a sua relação com Santa Maria? 

Renan - Adoro Santa Maria. Viajei muito a trabalho, mas cresci na minha cidade. Construí o que tenho com o próprio esforço e me desenvolvi na Cidade Cultura. Tem muita gente boa aqui, deveríamos valorizar mais isso. Por vezes, creio faltar um certo teor de reconhecimento. Mas fora isso, tenho muita identificação com essa terra.

Diário - E o tempo livre? Como gosta de aproveitar?

Renan - Esporte. Gosto muito, principalmente do futebol, sempre joguei. Hoje, estou na categoria acima dos 60 anos, mas já fui pentacampeão jogando com a Associação dos Professores Universitários de Santa Maria (Apusm). Com o avançar da idade, não podemos parar de nos cuidar. O esporte faz bem, mantém o porte físico. Aqui na cidade, ia muito nos jogos do nosso Colorado, o Inter-SM. Frequento o Avenida Tênis Clube (ATC) e bato uma bola com o nosso grupo de futebol, Os Boleiros. data-filename="retriever" style="width: 100%;">No registro, os amigos do grupo Boleiros do ATC, Mário (a partir da esq), Renan, Anderson Marcelo, Juca e Guilherme

Diário - Quanto ao futuro, quais as perspectivas?

Renan - Principalmente, muita saúde. Que essa pandemia seja resolvida o mais breve possível. Mais do que nunca, espero que possamos seguir vivendo com tranquilidade.

Diário - Além da família, o que é essencial?

Renan - Dou muita importância aos amigos, visto que são essenciais em nossa caminhada. Precisamos dar valor ao que importa e evitar extremismos em relação à política. Acredito que isso faz mal para nós enquanto sociedade. Quero prosseguir no que tenho feito há anos, colocando em prática algumas produções com a empresa. Ainda que, atualmente, eu atue mais no suporte, tenho muitas ideias para levar a diante. data-filename="retriever" style="width: 100%;">

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