
Foto: Beto Albert (Diário)
A defesa da estudante de Medicina da Universidade Franciscana (UFN) envolvida em suposto caso de furto de carimbo médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Maria enviou uma nota ao Diário.
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No documento, os advogados destacam que a aluna "não furtou ou roubou qualquer carimbo ou outro objeto no local do seu estágio" e que "o áudio que está circulando no WhatsApp foi tirado completamente de contexto. Gerando interpretações que não condizem com o que realmente aconteceu".
Leia abaixo a nota na íntegra:
"No dia 21 de fevereiro saiu a noticia do Diário Santa Maria, sobre a qual, pelo conteúdo e pelos comentários, era perfeitamente possível identificar a influenciadora Mariana Sachett.
Após, Mariana viu sua vida e honra serem abaladas de forma covarde por diversas pessoas, temendo, inclusive, pela sua integridade física ao transitar pela cidade de Santa Maria, considerando os conteúdos pesados das mensagens que estava recebendo.
Primeiramente, a assessoria jurídica dela lamenta profundamente a onda de cancelamento e ódio que se instaurou com pessoas enviando mensagens de ódio para a referida influenciadora, sem sequer buscarem entender minimamente todo o contexto. Aliás, a palavra "contexto" é o que sempre se deve buscar antes de se publicar qualquer notícia que possa afetar severamente a saúde mental e a honra dos envolvidos. A averiguação minimamente aprofundada é necessária nestes tempos em que o que está nas redes sociais é interpretado como uma verdade absoluta e nestes tempos em que as inteligências artificiais (de todos os tipos) são capazes de subverterem tudo e tornarem culpadas pessoas completamente inocentes.
Os danos psicológicos causados por este tipo de onda de ódio são irreversíveis.
Dito isso, o que temos a esclarecer é que:
A) Mariana não furtou ou roubou qualquer carimbo ou outro objeto no local do seu estágio;
B) O áudio que está circulando no WhatsApp foi tirado completamente de contexto. Gerando interpretações que não condizem com o que realmente aconteceu. Ressaltamos que Mariana nunca esteve envolvida em qualquer ato ilícito.
C) Mariana sempre foi uma aluna dedicada e uma profissional ímpar, comprometida e apaixonada pela área profissional que escolheu;
D) Após o nome e sobrenome dela virem à tona, diversas inverdades foram divulgadas e enumeradas em mensagens de WhatsApp que tiveram encaminhamento frequente, afetando severamente a sua honra;
E) A honra dela foi afetada por essa onda de ódio POR CAUSA de uma represália vinda de um grupo específico, que deduziu, sem qualquer prova, que um estágio sonhado pelos alunos foi cancelado POR CAUSA da Mariana (o que não tem cabimento nenhum e não é verdadeiro). Ou seja, tudo isso aconteceu tendo como motivação a VINGANÇA de algumas pessoas, que deduziram que a Mariana tinha relação direta com o cancelamento deste sonhado estágio. Com este cancelamento do estágio e considerando que ela é uma pessoa pública com mais de 100 mil seguidores, decidiram usá-la como foco de cyberbullying. E, a partir daí, se iniciaram as fake News que viralizaram nas redes sociais como TikTok, Instagram e WhatsApp.
F) Todas as pessoas que atentaram contra a honra de Mariana, inclusive as que comentaram no post do Diário de Santa Maria, já foram identificadas e as provas já foram produzidas. Todas as medidas jurídicas cabíveis serão tomadas contra os envolvidos;
Atenciosamente,
Jéssica Celestino, Richard Maicá e Volmar Zanini."
Em nota, a Associação de Assistência a Saúde (Sefas), que administra a UPA, informou que:
"os procedimentos internos instaurados para apuração do ocorrido seguem em curso, orientações de maneira criteriosa e sigilosa, respeitando os princípios éticos e garantindo a privacidade de todas as partes envolvidas."
Já a UFN, em resposta à reportagem ainda em fevereiro, informou que a instituição está ciente dos fatos e que o curso de Medicina tomou as providências cabíveis.
O assunto veio a público em 20 de fevereiro após o Diretório Acadêmico de Medicina da UFN publicar uma nota sobre o caso em rede social.
À época, antes da publicação da reportagem, o Diário procurou a aluna, que preferiu não se manifestar.