Caso de aluna de Medicina que teria usado carimbo de médica sem autorização na UPA será investigado por instituição

​Nas últimas semanas, um caso envolvendo a conduta de uma estudante do curso de Medicina da Universidade Franciscana (UFN) repercutiu nas redes sociais. Em um áudio encaminhado em diversos grupos de WhatsApp, a aluna, que estaria cumprindo plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Maria, admite que teria pego o carimbo de uma médica para abonar a falta de uma colega que estaria em casa com o filho doente. 

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"Eu roubei o carimbo da médica rapidinho, assinei na minha folha. Então, quando acabar o turno e as gurias forem dar a folha, eu vou dar a tua como se fosse minha, tá?", diz a aluna na mensagem encaminhada. Procurada pela reportagem, a direção da Associação de Assistência a Saúde (Sefas), responsável pela administração da UPA, disse que instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias detalhadas do ocorrido. Leia a nota completa abaixo:

"A Direção da Associação de Assistência a Saúde (Sefas) foi informada do incidente após questionamentos da imprensa e prontamente instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias detalhadas do ocorrido. É importante esclarecer que, embora o evento tenha ocorrido nas dependências da UPA, que é administrada por nossa instituição, a supervisão da conduta da estudante envolvida não está sob nossa responsabilidade. A SEFAS reafirma seu compromisso com o bem-estar e a excelência no atendimento, assegurando que o incidente não afetou a qualidade do serviço prestado aos nossos pacientes, que são a razão de ser de nossa atuação. Todos os usuários do sistema público de saúde continuam a receber cuidados de alta qualidade em um ambiente seguro e respeitoso."

O que diz a UFN

Em contato com a UFN, a instituição disse estar ciente dos fatos e informou que o curso de Medicina tomou as providências cabíveis. ​

Nota de repúdio

Na tarde de quinta-feira (20), o Diretório Acadêmico de Medicina da UFN publicou uma nota sobre o caso, o que trouxe o assunto à tona de forma oficial. No texto, o diretório diz que "atitudes como essa não condizem com os valores de ética, responsabilidade e compromisso social que esperamos de futuros profissionais de saúde", e afirmou confiar que as medidas cabíveis serão tomadas pelas autoridades. Procurada pela reportagem, a estudante decidiu não se manifestar.  

Leia a nota na íntegra

"O Diretório Acadêmico de Medicina da Universidade Franciscana (DAMUF) vem, por meio desta, manifestar seu total repúdio a qualquer ato, ocorrido dentro ou fora do ambiente acadêmico, que configure falsidade ideológica, bem como a qualquer prática ilegal ou antiética que vá contra os princípios que regem a formação médica. Reforçamos que atitudes dessa natureza não representam os estudantes de Medicina da UFN e não condizem com os valores de ética, responsabilidade e compromisso social que esperamos de futuros profissionais de saúde. A integridade acadêmica é um pilar fundamental em nossa formação e deve ser preservada. O DAMUF acredita que a confiança e o respeito à Medicina começam ainda na graduação, por isso, somos contrários a qualquer conduta que comprometa a idoneidade do curso ou afete negativamente a imagem de seus alunos. Confiamos que as medidas cabíveis serão tomadas pelas autoridades competentes para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos, garantindo que situações como essa não se repitam. Seguimos comprometidos em zelar pela ética e pela integridade acadêmica, sempre em defesa dos estudantes e da Medicina."

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