Dos bons aos melhores tempos

Conjunto Excelsior comemorou 50 anos com baile

Gabriela Perufo

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Para muitos moradores de São Gabriel, a noite de sábado serviu para relembrar os "bons tempos". Isso porque o Clube Comercial da cidade foi palco do baile de reencontro do Conjunto Excelsior, que completa 50 anos este ano. O repertório foi bem parecido com os dos anos dourados, quando os integrantes da banda - à época, na faixa dos 16 e 17 anos - embalavam bailes em todo o Estado, tocando músicas da orquestra Tijuana Brass, de Billy Vogan, de Glenn Miller, de Roberto Carlos, e Renato e seus Blue Caps, entre outros.

O que mudou foi a formação do grupo. Dois dos integrantes originais já morreram: o baixista Hiran Condessa e o tecladista Luiz Carlos Ribeiro. Três dos sete remanescentes - Carlos Luiz Gerzson (guitarrista), Vagner (vocalista) e Adalberto Bortoluzzi (percussionista) - moram longe e não puderam comparecer. Restou, então, a Plauto Ruchiga (saxofone), Antônio Paulo (guitarra), Siderlei Leal (vocal) e Alceu Barel (bateria) a missão de mergulhar mais de 300 casais no túnel do tempo. Para isso, contaram com um trio de músicos convidados: Paulo César (guitarra),  Mussum (teclado) e Pelé (contrabaixo).

Foi o segundo reencontro do grupo no século 21. A primeira vez, foi em 2012. Na época, havia 44 anos que não se reuniam. No fim de semana, passados 50 anos do começo da banda, Siderlei se sentiu um guri outra vez.
- Nos reunimos algumas vezes, em São Gabriel, para ensaiar. Os que ainda moram lá ensaiaram todos os dias. Mas ainda dá um frio na barriga. Mas, no fim, é como andar de bicicleta. Um pequeno empurrão, e a gente vai - comenta.

Siderlei disse que a emoção deu o tom da noite, tanto para os músicos no palco quanto para os casais na pista de dança. Muitos deles, garante, conheceram -se nos anos 60, ao som dos bailes da Excelsior.
- A gente tocava a noite inteira, da meia-noite até as 5h, 6h... E o salão ficava sempre cheio até o final. Dessa vez, não foi diferente - conta.

Grupo nunca terminou



O vocalista recorda que o grupo nunca "terminou". Siderlei conta que atuou no conjunto por cinco anos e saiu para estudar. Os outros músicos seguiram tocando mas, aos poucos, foram deixando a música para trás. Antes, porém, o conjunto conheceu o sucesso. Além de tocar em bailes no estado inteiro, pelos idos de 1967, estrearam nas rádios e na TV.
- Em 1967, fomos até Porto Alegre participar de um programa para talentos jovens. Recebemos o convite do Jaime Sirotsky Sobrinho, na época em que a RBS TV era TV Gaúcha. Foi ele mesmo quem nos convidou e nos entrevistou no programa. No mesmo dia, o cantor Wanderlei Cardoso também participou do programa - recorda o músico.

O baile de sábado trouxe à tona as memórias da ribalta, e a possibilidade de um novo reencontro não está descartada.
- A cada ano que passa, a gente fica mais lento... Mas vamos ver - despista o vocalista.

 

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