Conheça Diego Martins, o santa-mariense de coração que dirigiu a série “Rota 66”, do Globoplay

Depois de dirigir episódios das séries “Toda Forma de Amor” (Canal Brasil) e Hard (HBO MAX), o diretor Diego Martins, natural de Pinhal Grande, mas santa-mariense de coração,  foi convidado para dirigir a série Rota 66, do Globoplay, que já está disponível para assistir na plataforma. Os oito episódios são inspirados no livro homônimo do jornalista e escritor Caco Barcellos, interpretado na série por Humberto Carrão. O protagonista investiga o assassinato de dois paulistanos e descobre um grupo de matadores da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) que opera com aparente aval da justiça.

Os primeiros contatos com a 7ª arte

Diego Martins conta os pais têm casa em Santa Maria e que já morou na cidade na época do curso pré-vestibular. Desde os anos 90, já se interessava por audiovisual e imagens, paixão que alega ter herdado da mãe, que assistia muitos filmes, e do tio, que é jornalista. Depois de produzir muitos videos amadores na infância, Diego teve a oportunidade de estudar cinema, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre:– Eu comecei a trabalhar muito jovem, ainda no terceiro semestre da faculdade. Fiz estágio e trabalhei na Casa de Cinema de Porto Alegre. Sinto que lá que me formei como profissional – comenta.

Por mais de 10 anos, atuou como 1º assistente de direção, profissional que realiza o canal de comunicação entre produção e direção. Em 2010, já formado, se mudou para São Paulo e expandiu os horizontes do audiovisual. Durante a pandemia, realizou o primeiro projeto autoral: um videoclipe com o ator Jesuíta Barbosa, que recentemente fez a novela Pantanal, da TV Globo.

Projeto ALGO_1 com Jesuíta Barbosa. Foto: Reprodução

Os bastidores da série

Foto: Vans Bumbeers

Atualmente, a série está no top 5 das mais vistas do Globoplay. Para Diego, a oportunidade de dirigir esse projeto foi ao mesmo tempo um presente e uma grande responsabilidade. Gravada em 50 dias, a série teve mais de 80 cenários montados, mais de 600 pessoas envolvidas na produção e 100 atores, incluindo Humberto Carrão, Aílton Graça e Adriano Garib no elenco. – Eu já era fã do Humberto, é um ator muito generoso. É maravilhoso criar junto com ele no set – relata.De acordo com Diego, as escolhas da direção focaram no lado humano, nos atores e na interpretação, por retratar histórias que causam muita dor. São cinco tramas paralelas inspiradas em casos reais, por isso, em respeito às vítimas e todos que foram afetados, não foram gravadas cenas de violência explícita. – Quando falamos sobre esses crimes que tem a ver com a supremacia da polícia, sobre racismo, é atual. Você olha para o lado e está acontecendo até hoje – explica.

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