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Comitê orienta e dá exemplo de solidariedade em casos de violência doméstica

Natália Müller Poll

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Foto: Arquivo pessoal

O Comitê de Apoio ao Enfrentamento à Violência Doméstica em Santa Maria divulgou em sua página no Instagram, um vídeo silencioso, informando canais de atendimento para que mulheres em situação de perigo possam pedir ajuda.

O grupo foi criado para facilitar a comunicação entre quem sofre violência doméstica e os órgãos competentes. Além do espaço nas redes sociais, as organizadoras Zípora Rosauro de Araujo, Amanda Xavier, Rafaela Missaggia Vaccari e Isadora Bolzan Mattana, pretendem montar cestas básicas para doações.

Conforme Zípora, o intuito é trazer ao debate público a situação das mulheres e de trabalhadores prejudicados durante a pandemia, além de formar uma rede, capaz de minimizar a vulnerabilidade dessas pessoas.

Organização
O grupo de universitárias começou a se reunir no início de maio para lançar a campanha ainda durante a quarentena e assim, alertar a respeito das possibilidades de denunciar casos de violência doméstica, que aumentaram em função do isolamento. 

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A ideia de começar a divulgação da campanha com o vídeo foi inspirada em um coletivo do Distrito Federal, chamado Movielas, que produziu um vídeo silencioso para divulgar os canais de denúncia e auxílio, segundo Zípora: 

- Com a publicação do vídeo, conseguimos um bom alcance nas redes sociais e percebemos que poderíamos fazer mais juntas. Então, organizamos a campanha para auxiliar famílias em situação de vulnerabilidade.

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O grupo conta com cerca de 30 mulheres. Além de prestar auxílio informativo para quem está em situação de violência doméstica, procura minimizar a vulnerabilidade de quem sofre os impactos econômicos da pandemia. A intenção é fazer outras ações, como divulgar o trabalho de artesãs e costureiras que trabalham na realização de máscaras e a arrecadar fundos para a compra de alimentos.

Uma ajuda a outra
Vinte e cinco mulheres segurando cartazes com dizeres como "Se tu tá em casa com teu agressor, queremos que saiba que tu não tá sozinha", alertam de forma silenciosa, sobre como denunciar ou ajudar alguém que esteja em situação de violência doméstica. A publicação chama atenção para a 5ª posição mundial que o Brasil ocupa, em relação a mortes violentas de mulheres, e explica que o isolamento social, apesar de fundamental para evitar o contágio do coronavírus, acabou se tornando um período de sofrimento para muitas mulheres.

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No Brasil, embora ainda seja muito cedo para ter bases de dados oficiais, o aumento da violência doméstica contra mulheres durante a pandemia traz indícios de que está ocorrendo um aumento no número de episódios agudos dessa violência.

Vulnerabilidade 
A esteticista e produtora de conteúdo Tylara Löfgren é uma das 25 faces participantes do vídeo. Ela conta que durante o isolamento, se sentia impotente diante da realidade de muitas mulheres e, quando convidada a participar do projeto, viu uma oportunidade de dar visibilidade e acolhimento pra mulheres que sofrem violência. 

- Acolher pessoas em necessidade é importantíssimo. Ainda mais agora, quando possivelmente elas estejam mais esquecidas. É uma forma de mostrar que muita gente se importa com o seu bem-estar, e estão dispostos a ajudar - diz Tylara.

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