Elas são gostosas, nutritivas e aromáticas, e, já que também "comemos com os olhos", são um prato cheio de cores e formas atraentes. As frutas são fontes de minerais e vitaminas indispensáveis para o bom funcionamento do nosso organismo. Mas, atenção: quando o assunto é saúde, tudo em excesso faz mal, inclusive, as frutas.
Como, na dieta, a palavra de ordem é dosagem, conhecer os nutrientes de cada alimento e a melhor forma de comê-los é fundamental para o equilíbrio na alimentação, que ajuda a manter o organismo e o corpo saudáveis. As frutas ajudam na digestão, no funcionamento do intestino e na produção de energia e a evitar o envelhecimento das células. Mas podem ter efeito reverso, em alguns casos, se houver consumo exagerado.
A maioria das pessoas tem a seguinte visão: é saudável, vou comer. As frutas têm influência na saúde e na qualidade de vida, mas o erro está na quantidade. A fruta entra na dieta como qualquer outro alimento, em que temos que considerar até quando é saudável e quando passa a trazer prejuízos diz o nutricionista Fidelis Russo.
Muitos dos nutrientes encontrados nas frutas são antioxidantes, substâncias muito importantes para a prevenção de doenças do envelhecimento. Mas, cuidado com as frutas maduras demais ou machucadas. Nesse caso, o efeito será inverso, porque elas já estão oxidadas.
A natureza é sábia. Oferece no inverno frutas que ajudam na imunidade e no ressecamento da pele. No verão, tem frutas que oferecem hidratação. Então, priorize as frutas da estação, mas não deixe de comer as demais diz Russo.
Acredite, fruta demais faz mal
Acreditem, o consumo excessivo de frutas e sucos de frutas trazem prejuízos à saúde. Muitos pacientes chegam aos consultórios dos nutricionistas com diagnóstico de cirrose (gordura no fígado), diabetes e colesterol alto. Acreditem, a origem pode estar na ingestão exagerada de frutas.
Segundo a nutricionista Carmem Ligia Schimitz, o açúcar da fruta, quando ingerida em excesso, fica armazenado no fígado em forma de gordura, causando a cirrose. O açúcar também estimula a produção de insulina, responsável pela sensação de fome, ou seja, em vez da fruta dar sensação de saciedade, ela terá efeito contrário. A pessoa vai comer mais, impulsionando o ganho de peso.
Além disso, a insulina aumenta a captação de glicose pelas células, que armazenam a glicose como triglicerídeos que se transformam em colesterol.
O nutricionista Fidelis Russo alerta para outro efeito danoso. Frutas como maçã, banana, caqui, jabuticaba, goiaba e pera, se comidas em excesso, podem causar sérios problemas intestinais.
O correto é comer de tudo um pouco. Um cardápio variado tem tudo que precisa sem exageros diz Carmem.
MELHOR FORMA DE COMER
- Escolha frutas da época, frescas, in natura e coma mordendo sem cortar e, de preferência, com a casca
- Se for fatiar, faça-o só no momento de comer, porque, ao fatiar, as fibras são rompidas e, além disso, em contato com o oxigênio do ar, as frutas oxidam, perdendo nutrientes
- As frutas desidratadas são uma boa opção. Elas preservam o açúcar natural e as fibras, mas perdem água e vitamina C. Já a polpa de acerola, encontrada o ano todo, é rica em vitamina C
- Suco não substitui a fruta e tem valor nutricional menor. Mas, se for beber, deve ser suco natural de fruta fresca, sem açúcar, sempre junto com as refeições e em pequena quantidade
- As frutas glicêmicas (com alto índice de açúcar) não devem ser ingeridas em jejum e nem em lanches, o indicado é junto ou como sobremesa, após as refeições. São elas: mamão, abacaxi, melancia, banana caturra, manga, uva, melão amarelo e caqui maduro
- As frutas não glicêmicas (com baixo índice de açúcar) podem ser consumidas em qualquer horário. São elas: banana maçã ou prata, laranja e bergamota com gomo, ma"