Com escalas incompletas, Pronto-Atendimento de Santa Maria não tem previsão de normalização dos atendimentos pediátricos

Arianne Lima

Com escalas incompletas, Pronto-Atendimento de Santa Maria não tem previsão de normalização dos atendimentos pediátricos
Foto: Renan Mattos (arquivo/Diário)

Em Santa Maria, o déficit de pediatras ainda é motivo de angústia para pais e responsáveis que buscam por atendimento médico para crianças. Preocupada com a saúde da neta de apenas dois anos de idade, a dona de casa Camila de Moraes Souza, 40 anos, ligou diversas vezes nesta semana para o Pronto-Atendimento Municipal (PAM), do Bairro Patronato, que conta com ala infantil.

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Camila explica que, por ser moradora do Bairro Agroindustrial, a unidade de urgência e emergência seria a referência mais próxima para a família. Ao ligar, ela foi informada pelos atendentes de que não há médico pediatra no local e que deveria entrar em contato com outras unidades. Sem garantias de atendimento na unidade, a avó buscou assistência na rede privada.

– Estar desesperada e não poder fazer nada, é complicado. Penso não apenas em mim, mas em outros pais e avos com crianças que estão passando por isso – relata Camila.

Escalas incompletas

De acordo com a prefeitura, não há previsão de normalização do atendimento pediátrico no PA do Patronato. A falta de profissionais disponíveis no mercado, fenômeno constatado em todo país, e o fato de Santa Maria contar com poucos médicos pediatras, sendo que os existentes estão distribuídos em outros serviços, estão entre os motivos destacados pela gestão, para não considerar fechar as escalas da unidade de urgência e emergência.

Atualmente, o Pronto-Atendimento Infantil conta com oito pediatras concursados e dois consorciados ao município. Em junho deste ano, a prefeitura, por meio a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas, publicou um edital para preencher cinco vagas destes profissionais na rede de saúde. O processo seletivo, que ocorreu de 2 a 11 de junho, recebeu apenas duas inscrições.

“A Prefeitura mantém diálogo com os pediatras que atuam em unidades de saúde, mas os mesmos não têm interesse e relatam não ter perfil para atender a Urgência e emergência”, afirma o órgão.

Orientação

Perante o cenário, a prefeitura explica que, nos horários sem pediatra, aos pacientes que estiverem internados em observação, quem dará continuidade a assistência será o médico clínico geral. Em casos de emergência, o paciente será atendido pelo médico de plantão e encaminhado, no menor tempo possível, para um serviço de referência.  

Sob a gestão da prefeitura, enquanto unidades de urgência e emergência, estão o PA do Patronato e o Pronto-Atendimento Ruben Noal, no Bairro Tancredo Neves. Porém, este não conta com ala infantil. A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24h, que também faz parte da rede pública de Saúde, oferta atendimento pediátrico sob a gestão da Associação Franciscana de Assistência a Saúde (Sefas).

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