Coletivo Negressencia promove campanha para lançar livro sobre danças negras

Bernardo Abbad

Coletivo Negressencia promove campanha para lançar livro sobre danças negras
O coletivo Negressencia surgiu por meio do espetáculo “Mulheres Cujos Filhos São Peixes”, realizado com edital da Fundação Nacional de Artes (Funarte) (Foto: Franciele Oliveira)

Prestes a completar sete anos de existência e resistência, o Coletivo Negressencia, composto por dançarinos, acadêmicos e estudantes de instituições de ensino de todo o Brasil, incluindo egressos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), prepara um livro para celebrar o aniversário. Trata-se da primeira coletânea do grupo, intitulada Narrativas Pulsantes em Dança, que deve reunir produções acadêmicas dos integrantes do coletivo.

Mas, para que ele possa ser lançado, o grupo pede colaborações financeiras de qualquer valor, por meio da chave PIX coletivonegressencia@gmail.com até o dia 20 de fevereiro.

Segundo o coletivo, o livro é repleto de narrativas pulsantes, corporificadas e insurgentes no campo da teoria da dança e o objetivo é desestabilizar e seguir descolonizando paradigmas ao reivindicar a legitimidade das práticas, experiências e reflexões da população negra frente ao campo de conhecimento. A intenção é fortalecer a construção de uma literatura especializada em Danças Negras no Rio Grande do Sul.

Conforme Karen Tolentino, integrante do coletivo, graduada em Dança, mestre em Ciências Sociais e doutora em Educação, além da campanha de financiamento, o coletivo também tem promovido oficinas para arrecadar os recursos necessários para o lançamento de Narrativas Pulsantes em Dança. Elas ocorreram também em Porto Alegre e Caçapava do Sul.– Viemos produzindo esse trabalhos, dissertações, teses e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) e sempre tínhamos a ideia de lançar esse livro. Juntamos algumas produções relevantes de membros do grupo e decidimos que era a hora de criar a obra.

Espetáculos como “Peixes Urbanos e Suas Encruzilhadas”, de 2017, buscam questionar paradigmas sobre o cenário da dança negra no Brasil (Foto: Lara Nunes)

SOBRE O NEGRESSENCIA

O Negressencia, que se define como um aquilombamento de artivistas, professores, pesquisadores e produtores negros, nasceu de um edital da Fundação Nacional de Artes (Funarte) para financiar espetáculos de artes integradas. O diretor Manoel Timabaí inscreveu, em dezembro de 2015, um espetáculo chamado Negressencia: Mulheres Cujos Filhos São Peixes, que conta, por meio da dança, a história de 15 mulheres negras gaúchas.

O espetáculo foi aprovado entre os 45 projetos contemplados pelo edital no Brasil, foi apresentado em Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre e Pelotas e também virou um documentário.– Na época, o coletivo Negressência tinha percussionista, fotógrafo, artistas, cantora, dançarinos. Uma antropóloga entrevistava essas 15 mulheres, nós víamos os vídeos dessas entrevistas e partíamos para a criação em dança. Em seguida, vieram outros espetáculos, inclusive no Theatro Treze de Maio, e uma residência artística – relembra Karen.

Segundo a dançarina, o Negressencia também surge na esteira da aprovação das ações afirmativas e é formado, em sua maioria, por acadêmicos, o que considera um ponto forte do grupo, que também é formado por Ariadne Paz, Amanda Silveira, Juliano Machado, Naylana Ferreira, Amanda Silveira, Gabrielle Barcelos, Sariana Lima e Jaine Barcellos.

COLABORE

O quê – Campanha do Coletivo Negressencia para lançamento do livro “Narrativas Pulsantes em Dança”

Como ajudar – Por meio da chave PIX coletivonegressencia@gmail.com

Até quando – 20 de fevereiro

Informações – 55 9 84268839

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