Chuvas amenizam situação no campo, mas produtores esperam volumes regulares

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Divulgação

A chuva que começou na noite de quarta-feira em Santa Maria e em outros municípios da Região Central trouxe um alento para quem depende de água para fazer plantio de culturas de verão e evitar mais perdas com as lavouras de grãos. Na média, as precipitações pluviométricas ficaram em 35 milímetros. Porém, em algumas localidades de São Gabriel, por exemplo, nem choveu, ou a precipitação foi muito insignificante. Ainda nesta semana, foi instalada em São Gabriel (foto acima), uma estação de medição de água no Rio Vacacaí que vai facilitar a captação de água para a população, município que já teve decretada situação de emergência em função da seca.

Já em Santa Maria, o escritório da Emater recebeu relatos de 10 a 32 milímetros de chuva no interior do município. Na Região Central, as médias ficaram entre 10 e 40 milímetros.

Conforme o gerente regional da Emater de Santa Maria, Guilherme Godoy dos Santos, a chuva que caiu na quarta-feira à noite na região foi "espetacular", porque vai permitir o avanço do plantio de arroz, soja e milho.

- Algumas propriedades aguardavam de forma intensa a chuva - disse Santos.

Segundo ele, as chuvas ajudaram a reduzir os danos causados pela seca. Municípios como São Sepé, Formigueiro e Vila Nova do Sul estavam em situação de risco. Mas o gerente da Emater faz um alerta: a produtividade esperada para a safra de grãos é determinada pela constância de chuvas, e essa precipitação ainda não resolveu o problema:

- Precisamos de mais chuvas, de forma contínua e semanalmente, para as lavouras terem a produtividade esperada.

Na cidade de Santiago, a chuva veio precedida de muito vento. No perímetro urbano, foram 30 milímetros de precipitação, conforme o escritório local da Emater. Mas, em alguns lugares do interior, a marca alcançou até 40 milímetros. O chefe do escritório da empresa, Dairton Ramos Lewandowiski, afirma que algumas lavouras estavam no limite. O município tem uma previsão de plantio de soja de 51 mil hectares, e já foram plantados 31 mil. De milho, a projeção é de 2,5 mil hectares, e já foram semeados em torno de mil. Segundo ele, choveu pouco, mas o suficiente para irrigar o solo.

Saema tem 255 cartinhas para adoção no Amigo Secreto do Diário

EMERGÊNCIA
As chuvas de quarta-feira à noite não foram suficientes para amenizar a situação da produção rural em São Gabriel. Na última terça-feira, a administração municipal decretou situação de emergência. As chuvas de quarta-feira e de ontem devem ajudar quem vai começar a plantar agora, conforme a assessoria de imprensa do município. Dados da Emater apontam para uma redução de 30% na área de plantio de arroz, e a conclusão de apenas 50% da área de soja devido à falta de água.

Nos últimos 115 dias, de acordo com a Defesa Civil do município, São Gabriel contabilizou um déficit de chuva de 245 milímetros. Para ajudar na vazão da captação de água no município, na quarta-feira à tarde, foi instalada uma estação de medição de nível na Barragem Vacacaí 4. O equipamento transfere informações para um servidor de cinco em cinco minutos e pode ser acessado remotamente da cidade.

Gerente administrativo do Husm comemora recuperação da Covid-19

Em Tupanciretã, choveu em torno de 3 5 milímetros, o suficiente para facilitar a vida do produtor que irá semear nos próximos dias ou concluir a lavoura de soja. No interior, foram realizados trabalhos nos pequenos açudes, como desentupimento e retirada da vegetação. Esses pequenos bebedouros que servem também aos animais são usados para abastecer caminhões-pipa do município.

Em Júlio de Castilhos, a chuva atingiu 40 milímetros e vai ajudar na aceleração do plantio de soja e milho. Algumas localidades, como Cerrito e Céu Azul, já vinham sendo abastecidas com água potável para consumo humano e animal.

Já em Nova Palma, a chuva amenizou perdas em lavouras de milho e fumo. As precipitações ficaram entre 20 e 30 milímetros.