História preservada

Cemitério Israelita de Philippson, em Itaara, é restaurado

Naiôn Curcino

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Esta quinta-feira foi um dia importante para a comunidade judaica. O Cemitério Israelita de Philippson, que fica na fazenda de mesmo nome, em Itaara, teve sua obras de restauração entregues pela Sociedade Beneficente Israelita de Santa Maria. Uma cerimônia foi realizada no local e contou com a presença de cerca de 50 pessoas, a maioria descendentes de muitos que estão sepultados no cemitério. 

A Colônia de Philippson foi onde se instalaram os primeiros imigrantes judeus que chegaram ao Brasil, em 1904. No local, eles receberam da Jewish Colonization Association um pedaço de terra, uma casa, alguns bois e instrumentos para recomeçar a vida depois de fugirem da região da Bessarábia (antiga República Soviética), por conta das perseguições do governo russo.A obra, tocada pela Sociedade Beneficente, ficou pronta após pouco mais de um ano e R$ 500 mil investidos – doados por duas famílias com parentes sepultados no local. 

O trabalho foi feito pela BK Engenharia, com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), da Federação Israelita do Rio Grande do Sul e a gestão da Lahtu Sensu Administração Cultural. Como o cemitério foi tombado como Iphae como patrimônio cultural do Estado, foi preciso seguir rigoroso processo de preservação original.O local está aberto à visitação. Mas é preciso agendar, já que o local está em uma propriedade particular e depende de autorização. 

O local está aberto à visitação. Mas é preciso agendar, já que o local está em uma propriedade particular e depende de autorização. Interessados devem enviar e-mail para contato@sbism.com.br, com RG ou CPF, contato e objetivo da visita.

Dia de recordações

Na cerimônia desta quinta, Teresa Seligman, 92 anos, nascida na Polônia, comemorou a preservação da história da família. Ela não morou em Philippson, mas lá está sepultado Pinheiro Seligman. Ele é tio de Israel Seligman, pai de Salomão, que era marido de Teresa. A dona da fazenda, Alegria Steinbruch, que tem diversos familiares enterrados em Philippson, também participou da cerimônia.

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