Antes mesmo dos parabéns pelos 25 anos de sua retomada ser executado pela Orquestra Sinfônica de Santa Maria no concerto previsto para o começo da noite, às 17h de quinta-feira, o Theatro Treze de Maio recebeu o painel Compositores Brasileiros Contemporâneos. A temática não foi escolhida por acaso já que, neste ano, a Semana da Arte Moderna de 1922 completou um século. Participaram do bate-papo, que foi aberto ao público e realizado no palco centenário, alguns compositores e maestros que criaram a programação especial da noite. Entre eles, o único compositor santa-mariense, é Flavio Oliveira, que teve a sua obra Museu – Uma Canção de Vigília incluída no repertório da apresentação da OSSM.
– Para mim, é uma honra ter minha composição tocada no espetáculo que homenageia o Theatro e os 90 anos do maestro Frederico Richter, fundador da orquestra santa-mariense – agradece.
Já sobre a apresentação prevista para ocorrer na sequência, às 20h, Oliveira, destacou a importância de iniciativas como essas, feita pela OSSM, ocuparem os espaços culturais.
– Ainda mais neste momento em que vivemos, em que o país atravessa um contexto que é contra a arte. Eu acompanhei os ensaios e fiquei muito feliz em notar o entusiasmo dos integrantes da orquestra em tocarem, não só a minha composição, mas todas – sublinha Oliveira, que mora em Estância Velha há 20 anos e veio a Santa Maria só para assistir o espetáculo.
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Museu, Uma Canção de Vigília, para soprano, barítono e grupo orquestral, teve o processo criativo inspirado na “egregóra”. – O que me motivou a compor esta música foi meu fascínio por bibliotecas e museus, que sempre me evocam o que representam as catedrais, que também me fascinam. Meu fascínio está na ideia de “egrégora”, contida nas catedrais e nesses espaços. A palavra “egrégora” se perdeu no tempo; ela significava a vigília dos monges e padres através das preces em que se revezavam dia e noite, com o objetivo de criar uma aura de energia divina, protegendo os templos de possíveis ações de inimigos e predadores – explica.
Já para o regente da orquestra, Tita Sartor, o grande diferencial desse espetáculo é que todos compositores deste conserto estão vivos: – Essas obras são muito belas, bonitas. Esperamos que o público tenha tido uma ótima experiência ao ter contato com essas pérolas da música sinfônica brasileira – reitera o maestro
TREZE PRECISA DE NOVOS SÓCIOS
Atualmente, o Theatro Treze de Maio conta com a colaboração mensal de 600 sócios. Eles pagam uma mensalidade de R$ 35 para ajudar nos custos com a manutenção do espaço cultural. De acordo com a diretora, Ruth Péreyron, esse valor fixo é utilizado para os pagamentos de despesas básicas, como a compra de material de limpeza, higiene e de escritório, além da compra de lanches para os camarins, limpeza e manutenção.
A prefeitura de Santa Maria arca com o pagamento de contas básicas mensais de luz e água. Para os próximos 25 anos, Loeci Procati, presidente da Associação dos Amigos do Theatro Treze de Maio, deseja que a quantidade de apoiadores se multiplique.
– Eu torço para que uma boa parcela da população da cidade se torne nossa sócia para que essa pérola de Santa Maria seja mantida. O prédio em si, a presença do Theatro, funcionando em um município que produz muita cultura, é importante. Nós precisamos nos dar conta, enquanto sociedade, que somos responsáveis em preservar esse patrimônio – projeta.
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Confira a programação deste sábado (28) do Theatro:
Theatro Encena
Quando – Sábado, dia 28 de maio, a partir das10hResumo – Protagonizando o encerramento do seu mês de aniversário, o Theatro Treze de Maio convida a comunidade santa-mariense para um encontro das artes. Com apresentação do projeto Arte nas Janelas, exposição de obras da Associação dos Artistas Plásticos de Santa Maria e feirinha cultural de arte. Promoção: Associação dos Amigos do Theatro Treze de MaioQuanto – De graça (em frente ao Theatro)
Arte Nas Janelas
Quando – Sábado, às 11hResumo – Apresentação musical nas janelas frontais do Theatro Treze de Maio, com trio composto pelos instrumentistas Dilber Alonso, Lufe Duarte e a cantora Dida Larruscain. No repertório, um passeio pela música brasileira, nesse ano em que se comemora os 100 anos da Semana de Arte Moderna, e Árias de Óperas para soprano, em homenagem aos 25 anos de reabertura do Theatro. Realização: Associação dos Amigos do Theatro Treze de Maio. Financiamento: Lei de Incentivo à Cultura de Santa Maria. Classificação LivreQuanto – De graça (em frente ao Theatro)
Confira a programação do mês de junho do Treze:
12/06
O quê: Serginho Moah “Soft Hits”Horário: 20h
23/06
O quê: O vendedor de SonhosHorário: 20h
24 a 26/06
O quê: Quando Eu For Mãe, Quero Amar Desse Jeito (Vera Fischer)Horário: 20h
*Consultar disponibilidade de ingressos no Theatro.
Horários de expediente externo:
Terça a sexta-feira, das 13h30min às 18h30minHorários em dia de espetáculo:Terça a sexta-feira, a partir das 13h30minSábados: 10h (infantil) e 13h30min (adulto)Domingos e feriados: 13h30min (infantil) e 15h (adulto)
Jewison Cabral, jewison.cabral@diariosm.com.br
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