Os produtos e serviços que subiram mais que a inflação em 2024

Apesar de o governo federal menosprezar o fato de a inflação de 2024 ter ficado em 4,83%, bem acima da meta de 3% ao ano e também do teto máximo previsto, de 4,5%, o brasileiro sabe bem como a alta dos preços pesa em seu bolso. 

E vale lembrar que essa é uma média geral, mas que cada família pode ter uma inflação menor ou bem maior do que a média do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Depende da região onde mora e do que cada um consome.

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Quem compra mais carne do que a média geral da população ou gasta mais com gasolina, por exemplo, acabou sofrendo mais. É que esses são dois dos produtos básicos com altas expressivas em 2024 e que pesam mais no orçamento. As carnes subiram 20,84% em média, no país, enquanto a gasolina teve alta também expressiva (9,71%). Outros vilões foram os planos de saúde (7,87%), o óleo de soja (29,21%), o azeite de oliva (21,53%), o café moído (39,6%) e o leite longa vida (18,83%).

 
Outro exemplo de como a inflação varia de acordo com os hábitos de consumo e também às peculiaridades de cada região é revelado na própria pesquisa do IBGE, que aponta que a inflação muda bastante de uma capital para outra: em Porto Alegre, ficou em média em 3,57% em 2024, sendo a menor entre as cidades pesquisadas, enquanto na média de todo o país, atingiu 4,83%. A capital com pior inflação no ano passado foi São Luiz (MA), com 6,51%, seguida por Belo Horizonte (5,96%) e Goiânia (5,56%).

 
Para quem é governante e ganha salários altos, é fácil menosprezar a inflação.

VARIAÇÃO DOS PREÇOS EM 12 meses (%)

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