Após o intervalo para o almoço, reiniciou, por volta das 14h45min, o júri do caso Helenara. No retorno, o advogado de defesa Bruno Seligman de Menezes apresentou a tese de defesa.
O advogado alega que durante a festa que era realizada naquela noite, haviam mais de 10 pessoas dentro do apartamento e que seria praticamente impossível Stéphanie ter sido agredida na frente dos amigos, quando houve um desentendimento entre elas e nenhum dos convidados terem feito alguma coisa. Seligman alega que a vítima não pediu socorro aos amigos.
A previsão é de que a defesa fale até às 15h15min. Tanto a defesa quanto a acusação leram mensagens pela vítima, pela acusada e por alguns dos amigos que estavam na festa e tratavam do desentendimento entre as duas. Após a fala da defesa, pode acontecer a réplica, a tréplica e só depois das jurados se reunirão para determinar a sentença.
Mais cedo durante a manhã, a acusação explanou sobre o caso. O promotor Thomáz Coletto falou sobre o relacionamento do casal, sobre os ferimentos na vítima e na acusada, mostrou fotos do apartamento onde o casal morava e também a faca usada no crime.
Relembre o caso
Helenara Pinzon e Stéphanie Fogliatto Freitas, à época com 22 e 24 anos respectivamente, terminaram o relacionamento mas ainda continuavam morando juntas quando o crime aconteceu.
A vítima foi encontrada morta no apartamento em que morava com a ex-companheira, na Rua General Neto, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes, na manhã de 5 de dezembro de 2015, após os vizinhos escutarem os pedidos de socorro e chamarem a polícia. Quando a Brigada Militar chegou ao local, encontrou Helenara sem vida com pelo menos três facadas no corpo.
Stéphanie foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) pois estava em estado de choque. Na época, ela ficou internada por um mês no Hospital Casa de Saúde e depois foi encaminhada para a ala feminina do Presídio Regional de Santa Maria. Stéphanie ficou presa até julho de 2016, quando ganhou liberdade provisória que se mantém até hoje.