O caso da mãe e da avó que agrediram uma professora da rede municipal de Caçapava do Sul com um tapa e arremessaram um grampeador contra a docente foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal de Caçapava do Sul.
Conforme o promotor da cidade, Diogo Taborda, foi registrado um Termo Circunstanciado pela Brigada Militar na sexta-feira. O fato chegou ao conhecimento do Ministério Público ontem, depois que a secretária de Educação e a professora procuraram o órgão.
_ Tomamos duas providências ao saber do fato. Uma, na esfera criminal, e outra, na esfera de proteção à criança. A mãe e a avó serão ouvidas em uma audiência no Juizado Especial Criminal, o que deve ocorrer em duas semanas. Se elas não tiverem antecedentes criminais, deve ser pedida uma transação penal, com prestação de serviços comunitários. Caso haja antecedentes criminais da mãe e da avó, enviamos o caso à Polícia Civil para que seja preparado o processo penal. Ao mesmo tempo, solicitamos ao Conselho Tutelar que acompanhe a família e preste atendimento psicológico e médico na rede de proteção à criança. Há informações de desestrutura severa envolvendo essa família _ informou Diogo.
A diretora da escola informou ao Diário nesta manhã que a professora voltou ao trabalho hoje:
_ Foi uma agressão gravíssima. Não conseguimos parar a mãe e a avó, que viraram mesas na minha sala. Os policiais tiveram trabalho para contê-las. A professora teve todo o nosso apoio e já conseguiu retornar _ afirmou a diretora.
Por medida de segurança à professora agredida e ao aluno, ele foi transferido de colégio. Conforme a direção, ele é uma criança calma e tranquila e estava na escola há pouco tempo.
O motivo da agressão envolveria o pedido de R$ 10 pela professora para comprar uma plaquinha de MDF para um presente a ser enviado aos pais pelo Dia dos Pais. O valor chegou a ser enviado pela família, mas o aluno não foi ao colégio na sexta-feira anterior à data. Como foi feriado municipal na segunda e terça-feira, a professora entregou as placas na quarta-feira.
_ Esse aluno era assistido pelo transporte escolar. Acreditamos que ele perdeu a plaquinha no caminho para casa _ afirmou a diretora.