Educação

Campus da UFSM em Silveira Martins deve passar por reestruturação

Mariana Fontana

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Depois de passar por muitas mudanças com o objetivo de conseguir se manter, o campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em Silveira Martins deverá ser remodelado mais uma vez. O reitor da UFSM, Paulo Burmann, levou a Brasília um projeto de reestruturação da Unidade Descentralizada de Educação Superior em Silveira Martins (Udessm). A proposta vem sendo discutida há cerca de um ano, entre a reitoria e administração da Udessm.

De acordo com o diretor da unidade, José Cardoso Sobrinho, as medidas foram pedidas pelos colegiados dos cursos devido, principalmente, à falta de estrutura física. O local, que ainda está em reformas para melhor acomodar os estudantes, abriga cinco graduações: Administração, Tecnologia em Gestão Ambiental, Tecnologia em Agronegócio, Tecnologia em Gestão de Turismo e Bacharelado Interdisciplinar.

Segundo o diretor, se a reestruturação for aprovada pelo Ministério da Educação (MEC), os cursos atuais deixarão de ser ofertados. Na proposta, também estão a criação de extensões do Centro de Artes e Letras (CAL) e do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), além da criação de um centro de eventos.

— Se as propostas não forem aprovadas, a unidade segue como está. Se o MEC autorizar as mudanças, os alunos que estão aqui vão se formar aqui, não serão prejudicados. Mas a unidade não vai receber mais estudantes dessas graduações — afirma Cardoso.

Em entrevista ao "Diário" em 8 de junho, o vice-reitor da UFSM, Paulo Bayard Dias Gonçalves, afirmou que a intenção da reestruturação é levar desenvolvimento para a cidade. A pró-reitora de Graduação da Federal, Martha Adaime, afirma que o campus de Silveira Martins sofre com um histórico problema de baixa procura (veja quadro). Segundo ela, a reestruturação é uma forma de atrair olhares para o local:

— Ainda não encontramos a melhor maneira de utilizar o espaço. A ideia é que sirva como um centro de pesquisa e artes.

Os alunos, no entanto, não se queixam do local. Os acadêmicos do 6º semestre de Administração afirmam que a qualidade do ensino é boa e que o deslocamento não é um problema, já que a UFSM disponibilizou dois ônibus para fazer o transporte gratuito dos estudantes.

— O curso aqui é muito bom. Todos os alunos estão envolvidos, e os professores estão sempre à disposição. Não vemos motivos para sair daqui — garante o estudante Adruani Fazul, 22 anos.

O prefeito de Silveira Martins, Rozimar Bolzan (PDT), afirma que a nova proposta é bem-vinda na cidade, mas que a comunidade espera pela criação de novos cursos:

— Essa reestruturação vai somar ao turismo e à economia, mas o que queremos são cursos noturnos em áreas mais procuradas, como Direito e Ciências Contábeis.

Atualmente, a Udessm conta com 311 alunos, 29 professores e 11 funcionários. Hoje, apenas 40% das vagas oferecidas estão ocupadas.

As fases da Udessm

- Setembro de 2009: Início das aulas. Instituição e comunidade veem as graduações como desenvolvimento para a cidade
- Junho de 2011: A baixa procura faz com que Udessm passe a usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso, já que possibilita que mais estudantes concorram às vagas
- Setembro de 2013: Começa a funcionar o curso Bacharelado Interdisciplinar como proposta para diminuir a evasão. A graduação permite que alunos que já estudaram na UFSM, mas largaram o curso, concluam os estudos e recebam diploma de educação superior sem formação profissional específica
- Agosto de 2014: Técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizam estudo na Udessm para apontar soluções para a baixa procura e evasão de alunos
- Dezembro de 2014: Baseada nos estud"

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