três anos de espera

Calçadão não deve ser concluído neste ano, e obra pode chegar a R$ 4 milhões

Maurício Araujo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Imagem: Divulgação/prefeitura

Anunciada em maio de 2019 com a promessa de ser um espaço moderno, inovador e aprazível, a obra do Calçadão Salvador Isaia se arrasta há três anos, e é uma verdadeira chaga, que sangra em buracos e desníveis o Coração do Rio Grande, administrado por Jorge Pozzobom (PSDB). E para os comerciantes que esperavam ver o novo espaço ainda neste ano, é melhor manter os baldes de água e panos úmidos nas lojas para limpá-las, pois a poeira deve continuar em 2022.

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A administração não dá prazos de quando entregará o Calçadão, mas reconhece que, para este ano, a situação é delicada. Não por falta de vontade e comprometimento, e, sim, pela complexidade apresentada pela empreitada. Na primeira quinzena de abril, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) deve concluir sua parte, que consiste na ligação de ramais das redes de água e esgoto cloacal e pluvial. A partir daí, a empresa Urbanes Empreendimentos faz a conclusão dos demais 45 ramais de ligações pluviais e finaliza a etapa. Até aqui, o investimento gira perto de R$ 1,3 milhão.

LICITAÇÃO

Logo que anunciada a revitalização, a gestão tucana dizia que o novo Calçadão não teria nenhum recurso público, já que as obras seriam pagas por meio de contrapartidas de empresas. Acontece que, agora, a realidade não é mais essa. Para a última e derradeira etapa, que envolve o paisagismo e o mobiliário urbano, será lançada uma licitação, que está em fase de conclusão. Conforme a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ticiana Fontana, e o secretário de Licenciamento e Desburocratização, Ewerton Falk, serão investidos mais de R$ 3 milhões nesta fase, podendo chegar a R$ 4 milhões. A questão é que do "zero centavos" até o valor atual tem várias cifras milionárias. Mas é inegável a necessidade do investimento e é evidente que ele trará ganhos ao comércio e ao turismo, por exemplo.

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- A obra está andando. Em muitos pontos, o Calçadão estava oco, podendo haver desabamentos ao longo do percurso. A obra foi mais complexa que a avaliação inicial, e se encontrou a necessidade de fazer licitação. É uma obra de grande responsabilidade. Esperamos que quando esteja completa, com o conceito de shopping a céu aberto e paisagismo, tenhamos um Calçadão que encha os nossos olhos, e que essas lembranças de agora façam parte do passado - destaca Ticiana.

PROJETO

O Poder Executivo trabalha com o conceito de shopping a céu aberto, com um novo projeto paisagístico (fotos acima). A pedido do prefeito, a proposta pode sofrer alterações para ser ainda mais atrativa. O projeto tem sido pensado e elaborado pela Secretaria de Elaboração de Projetos e Instituto de Planejamento (Iplan). O próprio tucano tem liderado reuniões e iniciativas para garantir que, após tanta espera, os lojistas e a população tenham um espaço adequado ao que merece Santa Maria.

GESTÃO

Foi preciso coragem da gestão Pozzobom para enfrentar um problema de tamanha magnitude. A obra do Calçadão nasceu como uma revitalização, mas o problema era muito maior que o esperado, especialmente no subsolo, onde quase ninguém vê os problemas reais. Muito mais fácil e imprudente seria tapar os buracos visíveis, colocar uma camada de cimento por cima e fazer um projeto paisagístico bonito. Ao menos enquanto estivesse à frente da administração, a situação estaria "resolvida", mas, tão logo, estouraria com sérios problemas estruturais. O tucano e a equipe optaram por enfrentar a obra, e bancar os desgastes. No entanto, para quem tem nos pilares de governo a palavra"transparência", faltou, neste caso, um pouco mais de clareza sobre o que ocorria no Calçadão.

PRESSÃO

Por sugestão de comerciantes da cidade, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) criou um fórum para discutir, pensar e "abraçar" o Calçadão. A iniciativa ainda será feita de forma online, por meio de rede social de conversa, e todos que desejam, podem participar. No momento, o grupo é usado para receber as demandas mais urgentes e encaminhá-las à prefeitura. Segundo a nota, os lojistas seguem preocupados com o andamento da obra e o resultado final da reforma. Ao que tudo indica, a pressão ao governo Pozzobom será intensificada enquanto perdurar o serviço.

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