Violência

Briga no Calçadão pode envolver gangue de meninas

Apesar de não ter recebido nenhuma ocorrência de briga de meninos no Calçadão, no último sábado à tarde, a delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Luiza Souza, confirmou que chegou ao seu conhecimento que uma adolescente de 16 anos sofreu uma agressão no mesmo local e hora. 

A menina contou que teria levado uma garrafada no rosto e que teria sido agredida por mais ou menos cinco meninas. Segundo a delegada, as agressoras fazem parte de uma gangue que já tem antecedentes em casos semelhantes.

– Já temos a identificação de todas. Elas se juntam no Calçadão e agridem pessoas que olham de maneira que elas não gostam ou que não dão atenção a elas – explica.

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Foi registrado um Termo Circunstanciado, procedimento instaurado em crimes de menor potencial ofensivo. As adolescentes responderão por lesão corporal e poderão responder por associação criminosa, já que pode ser o segundo caso com a mesma autoria.

BRIGA FILMADA

briga generalizada envolvendo adolescentes, no sábado à tarde, no Calçadão de Santa Maria se tornou pública porque o fato foi filmado e ganhou as redes sociais pela página do Facebook "Santa Maria da Zoeira". Ontem, o vídeo já tinha mais de 70 mil visualizações.

Na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) foi registrada uma ocorrência por lesão corporal com três envolvidos identificados: um de 18 anos foi detido e dois adolescentes, de 14 e 17 anos, foram apreendidos pela Brigada Militar. O trio foi levado à DPPA e, depois, liberado. O delegado Eduardo Machado, que responde pela DPPA, afirmou que, por envolver adolescentes, o caso deve ser encaminhado à DPCA.

TESTEMUNHAS VIRAM A BRIGA

Na tarde de segunda-feira, o Diário voltou ao Calçadão para ouvir comerciantes e testemunhas do tumulto. Segundo comerciários que presenciaram o fato, o tumulto teria começado em frente às lojas Renner. 

A repositora Gicele Silva, 35 anos, que trabalhava no Mercado da Índia no momento da confusão, disse que o rapaz agredido correu em direção ao estabelecimento e foi socorrido:

– Ele contou que servia ao Exército e que uma menina gritava que haviam confundido ele. Bateram nele com um skate. Ele reclamava muito de dor nas costas e nos braços e estava sujo de sangue. O pessoal que estava batendo nele veio atrás e queria invadir o mercado. Deixamos ele trancado numa escada que tem portão com chave e chamamos a Brigada Militar, que veio logo em seguida e o levou.

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Um artesão que estava trabalhando no local do tumulto, que preferiu não ser identificado, contou que houve duas brigas, a primeira envolvendo meninas e que ninguém estaria armado:

– Começou com uma briga de meninas. Depois, um menino foi agredido por um grupo. Tentamos apartar, mas era muita gente. Eram mais de 20, mas tinha mais gente olhando do que dentro da briga. Eles derrubaram o guri no chão e quebraram as coisas dos artesãos. Eu tive um prejuízo de uns R$ 200.


O QUE DIZ A BM

Conforme o tenente-coronel Erivelto Hernandes Rodrigues, comandante do 1º Regimento de Polícia Montada da Brigada, a ocorrência é atípica, especialmente porque a Brigada Militar tem feito ações de desarmamento e identificação no Centro. Segundo ele, graças à atuação da BM, os envolvidos não usaram armas.

– Temos dedicado uma atenção muito especial à área central. Não são raras as abordagens que a Brigada faz na área central, principalmente, na Praça Saldanha Marinho. É claro que as pessoas têm o direito de ir e vir, mas mantemos uma vigilância frequente ali. Conseguimos agir rápido, tanto é que foram apreendidos alguns dos envolvidos – disse Hernandes, informando que a Brigada continuará com as abordagens na região.

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