Deni Zolin, [email protected]
A Universidade Federal de Santa Maria deve concluir em junho a realização de seminários de avaliação da qualidade dos cursos, o que pode impactar em algumas mudanças e melhorias, inclusive na forma de ingresso na Federal. Segundo o reitor Luciano Schuch, dos oito primeiros centros de ensino já ouvidos, sete foram favoráveis à possibilidade de mudar a forma de seleção dos estudantes, para amenizar problemas que ocorrem durante a graduação, como uma maior evasão.
Uma das ideias é que o formato de ingresso passaria a ser híbrido, mantendo parte das vagas para o Sistema Seleção Unificada (Sisu) e o restante por outro formato, talvez por prova própria. Essa análise preliminar foi feita com base nos depoimentos de professores e outros servidores durante as reuniões.
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Segundo o pró-reitor de Graduação, Jerônimo Tybusch, até o início de julho devem ser contabilizados os resultados de questionários feitos durante os encontros para ter dados estatísticos. Se essa tendência se comprovar, a Reitoria poderá enviar, no início do 2º semestre, ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) a proposta de mudança na forma de ingresso. Se isso for aprovado nos próximos meses, a prova própria seria realizada em dezembro ou janeiro, para ingresso de parte das vagas do 1º semestre de 2023.
Evasão
De acordo com o reitor Luciano Schuch, como o ingresso por meio da nota do Enem e do Sisu permite que os estudantes tenham uma segunda opção de curso, muitas vezes não têm nota suficiente para passar no curso desejado (1ª opção) e acabam escolhendo outra graduação na qual não sonhavam. Dessa forma, parte desses estudantes acaba não gostando do curso e desistindo na metade da graduação. Isso impacta na qualidade dos cursos e também da formação dos estudantes.
– Temos sistema de inteligência artificial que, com base em indicadores, como o número de acessos que o estudante faz a livros digitais e frequência, podemos saber se o aluno vai desistir do curso no semestre que vem, por exemplo – diz Schuch.
O reitor afirmou que outra avaliação que está sendo feita com os cursos é se os egressos (formados) tem conseguido empregos no mercado do trabalho, o que acaba ajudando na avaliação da qualidade da graduação.
Segundo Tybusch, a UFSM vai aperfeiçoar ferramentas para acompanhar melhor a situação desses egressos, já que é importante para a universidade saber a situação dos formados após deixarem o campus. O pró-reitor também destaca que a universidade precisa ter uma maior proximidade com escolas de educação básica da cidade e região, o que é fundamental para melhorar o ensino.
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