Atenção redobrada para trombose em pacientes que tiveram Covid-19

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Atenção redobrada para trombose em pacientes que tiveram Covid-19

A trombose, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é um dos problemas cardiovasculares que mais mata no mundo. Trata-se da formação de coágulos no interior das veias e artérias, que causam a obstrução total ou parcial dos vasos.

Atualmente, sabemos que os problemas vasculares estão entre as complicações relacionados ao novo coronavírus. Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) com médicos associados, 39% destes tiveram pelo menos um paciente infectado pela Covid-19 que apresentou um quadro de trombose arterial, trombose venosa ou embolia.Conforme o cirurgião cardiovascular Jeferson Aita, o aparecimento do problema vem variando de acordo com cada indivíduo. Algumas pessoas foram acometidas durante a infecção e outras até 45 dias depois do diagnóstico inicial.– No caso da Covid-19, a infecção propicia uma hipercoagulação sanguínea e isto, por sua vez, aumenta o risco para formação de trombos. Quanto mais agressiva for a infecção, maior o processo inflamatório e maior o risco para desenvolver eventos trombóticos – explica o médico.

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AUMENTO DE CASOSO cirurgião cardiovascular lembra também que os casos de entupimento das artérias tiveram um grande aumento em decorrência da Covid-19.– Muitas obstruções arteriais de membros superiores estão ocorrendo em maior proporção, assim como dos membros inferiores, que normalmente já são mais frequentes. Os sintomas mais comuns nesses casos agudos são dor lancinante (pontadas, fisgadas internas), frialdade e palidez da extremidade acometida – analisa.Por outro lado, segundo o profissional, nem todos os pacientes que apresentam trombose em decorrência da Covid-19 tinham problemas circulatórios anteriores, e muitos têm idade entre 30 e 60 anos, ou seja, não são idosos.– A recomendação da SBACV é de que pacientes com histórico de doenças vasculares façam o acompanhamento com um cirurgião vascular. Entretanto, independente de doenças prévias, caso a pessoa apresente sintomas de trombose, como dor, inchaço e mutação de cor e temperatura, principalmente dos membros periféricos, como pernas, pés, braços e mãos, deve procurar atendimento médico imediatamente – alerta Aita.

DIAGNÓSTICO

Segundo o cirurgião Jeferson Aita, para diagnosticar a doença é preciso realizar uma consulta médica com um cirurgião vascular, onde é feito um exame clínico minucioso do paciente, exames laboratoriais e a realização de um Eco Doppler (ultrassom vascular que examina o vaso que pode estar obstruído).– Quem já tem problemas circulatórios ou pré-disposição à trombose, quando diagnosticado com Covid-19, deve ficar mais atento, mantendo acompanhamento do cirurgião vascular durante o quadro do coronavirus e também por, pelo menos, 45 dias após sua recuperação. É importante entender que a trombose pode ser venosa ou arterial, de acordo com a parte da circulação que atinge – recomenda Aita.O cirurgião salienta ainda que já foi estudado e comprovado que chega a ser três vezes maior a incidência de tromboembolismo venoso em pacientes com covid-19 severo, mesmo quando comparado com outros pacientes graves em ambiente de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas que não têm a doença infecciosa.

– Nestes pacientes que tiveram quadros de moderado a severo, há uma tendência de risco de eventos trombóticos nas quatro semanas após o período de recuperação. Então, esses pacientes devem prestar muita atenção a edemas (inchaço) em pernas ou sintomas súbitos ventilatórios, com sensação de falta de ar ou dor torácica. Esses são alguns dos sintomas de tromboembolismo venoso (embolia pulmonar) – diz o médico.

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