A incursão da equipe do Diário pelo bairro São José não poderia ter sido em período mais adequado para entender porque o desejo da maioria dos moradores é a pavimentação. É que, com as chuvas de meados de abril, quando estivemos por lá, a água havia se acumulado nos buracos das vias formando longas sequências de poças. Na Rua Pedro Figueira (foto acima), a cena era impressionante. A via, de chão batido, é importante acesso e travessia do bairro. Ela serve como entrada pela RS-509 (Faixa Velha de Camobi) e liga à Estrada Municipal João Franciscatto, que é acesso ao bairro pela BR-287 (Faixa Nova).
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A Pedro Figueira está no itinerário de três linhas de ônibus urbanos que entram no São José. Mas, há tempos, os coletivos desviam a rota e cruzam por uma uma rua paralela, a Leonel Farias, que é de calçamento irregular (paralelepípedo) e também tem problemas de conservação. Apesar de ruim, não está tão precária quanto à vizinha, mas também sofre com a falta de conservação. Aliás, a mudança no trajeto dos ônibus em função da buraqueira que atinge boa parte das vias é recorrente, segundo os moradores.
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O motorista de ônibus aposentado José Cirilo da Costa Bitencourt, 62 anos, mora há 15 anos na Pedro Figueira e conta que a rua sempre foi um problema, perpassando diferentes governos municipais. Conforme ele, a última manutenção efetiva ocorreu há uns cinco anos. De lá para cá, os buracos ressurgiram e se multiplicaram.
– Nós que estamos colocando sobras de construção civil nos buracos – contou Bitencourt.
O aposentado, que também já trabalhou como motorista de máquinas e acompanhou muitas obras em estradas, tem a receita para solucionar o problema: teria que revolver o solo esburacado (como se cortasse a terra). Depois, emparelhar o trecho e passar o rolo para socar a terra novamente, e, após, pavimentar.
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Ele também acredita que o peso dos ônibus contribua para a formação dos buracos, mas considera que é responsabilidade da prefeitura fazer a manutenção e dar condições de trafegabilidade. Com a migração dos ônibus para a Rua Leonel Farias, a via também apresenta buracos.
– Estamos abandonados aqui no bairro – disse a empregada doméstica Selene Bulegon, 42 anos, que nasceu no local.
– Moro há 39 anos e sempre foi a mesma prom"
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