Polêmica

Artista que interpreta a Estátua Viva diz que fiscais o proibiram de trabalhar

Liciane Brun

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Um texto publicado nas redes sociais pelo artista que interpreta a estátua viva do Calçadão provocou polêmica desde a noite de domingo nas redes sociais. No texto, Márcio da Silva faz um desabafo ao contar que foi abordado por fiscais da prefeitura e informado de que não poderia trabalhar no local.

"Fazem exatamente 11 anos que estou debaixo de sol, buscando dar um pouco de conforto às pessoas que transitam pela Praça Saldanha Marinho", escreveu o artista em seu Facebook.

Fiscalização proíbe artistas de se apresentarem no Calçadão de Santa Maria

À reportagem do Diário, ele informou que foi abordado por duas fiscais, por volta das 19h de sábado. Elas teriam perguntado a ele se ele tinha licença para trabalhar, e ele teria respondido que nunca precisou de licença.

– As fiscais disseram que agora "tudo mudou" e que eu precisava de licença. Depois chegaram outros três fiscais e fizeram ligações. Não gostei da arrogância com que me trataram, como se eu fosse um criminoso – conta o artista.

Márcio contou que, à época em que a prefeitura retirou os vendedores ambulantes da Avenida Rio Branco, também o autorizou a usar o espaço da Praça Saldanha Marinho para trabalhar. Na hora da abordagem, ele relata, estava no começo do Calçadão, em função de a praça estar lotada de público e de vendedores.

A prefeitura de Santa Maria contesta a informação de que Márcio foi abordado por fiscais. Em nota oficial, divulgada à imprensa na tarde desta segunda-feira, a prefeitura informou que "em nenhum momento ele sequer foi abordado por agentes da fiscalização municipal, e desconhece as razões que o levaram a se dizer notificado".

"Nos últimos 10 anos, o artista sempre teve a plena liberdade de manifestação da sua arte no Centro da cidade. Não acreditamos que o artista tenha cedido a interesses escusos que visam a jogar a opinião pública contra o trabalho da fiscalização que não proíbe nenhuma manifestação, mas se ampara na lei para a regularidade das manifestações espontâneas, artísticas e não lucrativas", diz a nota.

Mesmo com a abordagem, Márcio permaneceu no local trabalhando.

– Fazem 11 anos que trabalho com isso, eu gosto do que eu faço, e o meu sustento vem dessas contribuições espontâneas. Nas outras cidades onde vou, sou bem recebido, e na minha cidade natal, acontece isso. Peço que, pelo menos, a prefeitura considere minha arte – disse o artista.

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