Após dois anos, Polifeira do Agricultor retorna ao largo do planetário da UFSM

Eduarda Costa

Após dois anos, Polifeira do Agricultor retorna ao largo do planetário da UFSM

Fotos: Pedro Piegas (Diário)/

Comprometimento com a alimentação saudável e a produção agrícola. Esta é a Polifeira do Agricultor, projeto de extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que completa cinco anos nesta semana. Atualmente, são 30 famílias que fazem parte do projeto, que vai desde o acompanhamento direto nas propriedades, o controle de qualidade até a própria venda, que já movimentou R$ 4 milhões para os produtores rurais. Nesta quinta-feira, o aniversário de cinco anos da proposta também marcou o retorno da Polifeira dentro do campus da UFSM, movimentando o largo do Planetário pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19.

Este contato próximo dos consumidores com os produtores reforça um dos principais objetivos do projeto, de conscientizar as pessoas sobre os produtos que colocam na mesa, conforme explica o coordenador da Polifeira, Gustavo Pinto da Silva:

– É um momento muito significativo, de voltar pra esse espaço onde as pessoas começam a conviver com a comida, entender o sentido dela e também o significado de preservar a identidade dos alimentos.

O RETORNO

Mesmo com a quinta-feira chuvosa, o entusiasmo dos produtores quanto ao retorno não diminuiu. Eles se fizeram presentes no campus, mesmo com número reduzido. Para aqueles que entraram no projeto nos últimos dois anos, esta foi a primeira exposição no local, e eles logo notaram a diferença de estar em contato com a comunidade da UFSM:

– A diferença é gritante, o público daqui é diferenciado, eles valorizam e veem o trabalho que a gente tem. Eles sabem que aquele valor agregado é o valor do teu trabalho, então é outro público e isso dá um incentivo a mais – reflete a feirante Josiane Silveira dos Santos, 36 anos.

A partir de agora, a Polifeira volta a ocorrer no Largo do Planetário todas às quintas, das 13h às 17h30min

Entre o público, estava a Ana Júlia Alves Xavier, 21, caloura do curso de agronomia. Filha de agricultores, ela aproveitou a Polifeira para garantir saladas, legumes, pães e quitutes para o dia a dia:

– A gente vende alface em Faxinal do Soturno, e minha mãe também participa de feiras. Então estou acostumada e vim porque eu gosto de ajudar também. A gente sabe como que é – relata.

O PROJETO

As barraquinhas da feira são apenas o último ponto de um longo ciclo do projeto do Colégio Politécnico da UFSM. Durante todo o ano, os produtores recebem acompanhamento em suas propriedades, recebendo assessoria técnica, que inclui a verificação da presença de resíduos pesticidas nos alimentos e auxílio nas adequações dos produtos às normas sanitárias para venda. Nestes cinco anos, mais de mil alimentos já passaram pelo monitoramento da presença de pesticidas. Em 2021, o projeto chegou a obter um percentual de alimentos com resíduo menor que 1%.

– O que nós fizemos foi construir uma série de elementos que permite a qualificação do produtor, permitindo chegar nesse momento da venda, que é o que coroa todo o processo que veio antes disso, nas propriedades, mudando a perspectiva do agricultor sobre o processo produtivo e assegurando ao consumidor um alimento de qualidade superior – explica o coordenador.

SAIBA ONDE ENCONTRAR A POLIFEIRA:

No Shopping Praça Nova: segundo e quarto domingo de cada mês, das 14h às 20h;

Na Avenida Roraima: todas as terças-feiras, entre Faixa Velha e a Faixa Nova de Camobi, das 7h às 12h30min;

No campus sede da UFSM: todas as quintas-feiras no Largo do Planetário, das 13h às 17h30min.

Outras informações podem ser consultadas na página da @Polifeira no Instagram.

Eduarda Costa, eduarda.costa@diariosm.com.br

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