Ensino

Após audiência com o Estado, professores afirmam que mantêm a greve

Joyce Noronha

O governo do Estado teve uma audiência com o Cpers/sindicato, que representa os professores estaduais, na manhã desta terça-feira, na Casa Civil, em Porto Alegre, para debater soluções sobre o pagamento dos salários aos servidores estaduais e o fim da greve dos docentes. O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Branco, salientou que o Executivo vai priorizar o pagamento de todos os servidores até o dia 15 do próximo mês. Porém, os professores afirmam que vão seguir com a greve, pois essa proposta do governo não contempla o pedido da categoria.

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De acordo com publicação no site do Palácio Piratini, o governo diz que a direção do Cpers decretou a greve reivindicando a integralização dos salários, contudo, a direção do sindicato apresentou novas pautas, mas que o Estado avalia muitas delas como "fora do contexto da educação". A secretária adjunta da Educação, Iara Wortmann, que também participou da audiência, mencionou que, na análise da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), a postura do Cpers tem sido de uma atuação política.

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O coordenador da 8ª Coordenadoria Regional do Estado (CRE), José Luis Eggres, comentou que, até as 17h desta terça-feira, o governo não passou orientações específicas após a audiência que ocorreu com os professores. Entretanto, Eggres reforça que a situação chegou a um ponto bastante complicado e faz um apelo aos docentes para encerrarem a greve.

– Do jeito que está, já percebemos que vamos ter que recuperar as aulas em janeiro e, talvez, até fevereiro. O que mais nos preocupa são os alunos que estão no 3º ano do Ensino Médio e vão fazer Enem, vestibulares... Os próprios alunos estão pedindo o retorno das aulas. Os professores poderiam ouvir os estudantes, pelo menos – disse o coordenador. 

O SINDICATO

A assessoria da direção central do Cpers/Sindicato diz que o governo não apresentou novas propostas aos professores, e é por isso que a greve seguirá. O diretor do 2º Núcleo do Cpers, Rafael Torres, afirma que o Estado manteve o discurso de sempre.

– O governo joga com a opinião pública dizendo que acatou as nossas solicitações, mas não é verdade. Eles pararam de parcelar os salários, mas, agora, estão atrasando o pagamento. Queremos nossos salários em dia e na integralidade – reivindica Torres.

Além disso, o diretor do 2º Núcleo avalia que as demais propostas apresentadas pelo sindicato são pedidos válidos da categoria. Para Torres, no entendimento do Executivo estadual, os professores estão em greve por causa de dinheiro, mas o sindicalista afirma que a paralisação envolve muito mais. 

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O diretor aponta a solicitação de retirada de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) e de Projetos de Lei (PLs) que estão em tramitação na Assembleia Legislativa (AL) e que, segundo ele, retiram direitos dos servidores estaduais.

A greve na rede estadual já dura mais de um mês. Em Santa Maria, segundo levantamento do Diário realizado na última quinta-feira, 22 escolas estão em greve, sendo sete com paralisação total, e 15, parcial.

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