Em assembleia geral no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre, na manhã desta terça-feira, os professores estaduais aprovaram, por unanimidade, greve por tempo indeterminado a partir de hoje. A proposta homologada é que a categoria paralise até a integralização dos salários de todos os servidores do Executivo estadual.
Entre as exigências do Cpers estão o pedido de encerramento de parcelamentos das remunerações e que o governo do Estado pague os juros que os educadores tiveram que quitar ao Banrisul por conta dos parcelamentos de salários.
A presidente do Cpers estadual, Helenir Aguiar Schürer, apresentou a história de uma professora aposentada que está com a conta bancária no negativo, por causa dos parcelamentos. De acordo com Helenir, qualquer quantia de dinheiro que entra na conta desta professora, fica com o banco para pagar juros e taxas.
– Professora, a senhora estudou tanto, trabalhou tanto, para agora ser envergonhada assim. Nós, professores, não somos qualquer um. Nós batalhamos muito para estarmos nas salas de aula – disse a presidente do Cpers.
Entre as demais propostas aprovadas, a categoria definiu por um ato público no dia 12 de setembro, na Praça da Matriz, em Porto Alegre, que fica em frente à Assembleia Legislativa. Os professores também aprovaram o início de um acampamento na praça a partir desta data.
CAMINHADA
Depois de encerrada a assembleia, a categoria começou uma caminhada do Largo Glênio Peres até a Praça da Matriz. A reunião deliberativa dos professores deveria ter ocorrido na praça, mas, segundo a assessoria do Cpers, o Estado não autorizou o uso do espaço público.
Com gritos de "Fora Sartori" e cartazes contra o parcelamento dos salários, os professores caminham neste momento até a frente da Assembleia Legislativa. Acompanhe ao vivo: