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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Movimento na Rua do Acampamento por volta de 11h15min
Na segunda-feira em que é decidida a bandeira sob a qual a região de Santa Maria fica durante a semana dentro do modelo de Distanciamento Controlado do governo estadual, a manhã foi de ruas movimentadas e alta circulação de pedestres, como vem sendo normal durante as últimas semanas da pandemia do novo coronavírus. Entre a classe de comerciantes, é praticamente unânime a ideia de que a cidade deveria permanecer na bandeira laranja, com o comércio não essencial aberto. Mas também é consenso que falta consciência de boa parte da população sobre os perigos da doença e as medidas de proteção adotadas.
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Pelo menos esse é o pensamento da aposentada Laura Soares Roque, de 83 anos. Moradora do Bairro Itararé, ela saiu de casa pela primeira vez em três meses na manhã de segunda-feira, e se assustou com o movimento no Calçadão.
- As pessoas precisam se cuidar mais. Você olha para as ruas e está cheio de gente, aglomeração por toda a parte - relata.
A técnica em enfermagem Lenir Gall, de 65 anos, concorda e acredita que ainda falta consciência sobre a seriedade do vírus. Mesmo assim, para ela, Santa Maria deveria permanecer na bandeira laranja, pois haveria uma distorção nos critérios e estatísticas adotados pelo modelo.
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Nas áreas centrais da cidade, o movimento cresceu próximo às 11h, quando as lojas não essenciais começaram a abrir as portas. Filas se formaram em frente aos bancos, com destaque para a agência da Caixa do Calçadão, onde cerca de 100 pessoas - com distanciamento respeitado - aguardavam atendimento.
Mas todo o movimento de pedestres não seria resolvido com a restrição das atividades comerciais, conforme o gerente da Bred Capas, que vende acessórios e capinhas de celular, Tauan Campos. O estabelecimento fica na Rua do Acampamento, ponto de maior circulação de pessoas na cidade durante o horário comercia.
- O pessoal quer estar na rua. Não quer saber se está trocando a bandeira ou não. Acredito que o fechamento do comércio não influenciaria - argumenta.
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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Calçadão às 11h30min desta segunda-feira
O posicionamento é o mesmo da gerente da Candel'Art, na Rua Dr. Bozano, Lusana Maurer. Ela é contra o fechamento das atividades não essenciais, mas respeitaria o decreto caso ocorra a troca nas bandeiras. Segundo Lusana, seguiria apenas com atividades internas.
A gerente da loja de confecções Linda Mulher, na Rua do Acampamento, Micheline Mohamad é enfática ao contraria a bandeira vermelha para a cidade.
- Não tem aglomeração nas lojas, a gente está tomando todas as providências, nos cuidando. Sou contra a mudança de bandeira. Inclusive, quem está entrando nos nossos hospitais são pessoas que não são de Santa Maria. A gente não pode pagar esse preço - diz.
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A decisão se a região de Santa Maria fica na bandeira vermelha (que representa alto risco) ou volta para laranja (risco médio) no modelo de Distanciamento Controlado deve ser anunciada nesta segunda-feira pelo governo do Estado. O comitê responsável pelas bandeiras analisa o recurso de prefeituras e associações de municípios que pedem nova avaliação dos casos.