Advogado de Santa Maria levado para depoimento tinha um dos celulares roubados

Santa Maria está na rota de uma investigação da Delegacia de Roubos de Carga do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Porto Alegre. Entre os 20 mandados de condução coercitiva – quando a pessoa é levada para prestar depoimento na delegacia – um foi cumprido em Santa Maria.

Polícia recupera 17 iPhones roubados e prende cinco por suspeita de roubo de carga

Com o suspeito de Santa Maria, que seria advogado e tem 29 anos, foi encontrado um iPhone originário de um roubo à transportadora TNT Mercúrio, em 23 de março deste ano, em Novo Hamburgo, que, inclusive, dá nome à operação, que contou com a participação de 100 policiais na manhã desta quarta-feira. O nome do suspeito não foi revelado.

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Além de Santa Maria, foram cumpridos mandados na Capital, em São Leopoldo, Canoas, Novo Hamburgo, Campo Bom, Viamão, Taquara, Caxias do Sul e Criciúma (SC). O objetivo é reprimir a receptação e a compra de aparelhos eletrônicos roubados.

– Não estamos divulgando o nome porque ainda não sabemos se ele (advogado) é realmente o receptador ou conseguiu o aparelho de um terceiro. Foi cumprida essa condução coercitiva, ele foi ouvido e liberado – explica o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Roubos de Carga.

Conforme a delegada Débora Dias, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), que cumpriu o mandado, o suspeito afirmou que comprou o aparelho de uma pessoa que revende produtos importados. No entanto, ele não tinha nenhum documento que comprovasse a compra.

Até a manhã desta quarta-feira, a polícia já havia recuperado 17 aparelhos iPhone 5S e prendido cinco pessoas. A maioria dos supostos compradores alega ter adquirido o aparelho por meio de sites de anúncios classificados na internet. Outros dois afirmaram ter ganho os celulares de presente dos próprios assaltantes. O preço pago pelos smartphones será investigado, e os suspeitos podem ser indiciados por receptação criminosa. Por isso, cada caso será avaliado pela polícia.

A quadrilha, investigada pelo assalto à TNT Mercúrio – bandidos armados invadiram a empresa e levaram uma carga de eletroeletrônicos avaliada em R$ 1,3 milhão – também é suspeita de outros três roubos de cargas. A polícia estima que o grupo atacava, em média, duas transportadoras por mês.