O primeiro ano do incêndio da boate Kiss, completado nesta segunda-feira, foi marcado por emoção. Familiares de vítimas e sobreviventes promoveram abraços gratuitos, o tradicional minuto barulho por meio de palmas, e a leitura dos nomes dos 242 mortos intercalados por batidas em um tambor.
A programação do 1 ano da tragédia se iniciou pela manhã, com caminhada que teve protesto e pedidos por justiça e um ato no campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Mas o fato marcante deste dia foi a leitura dos nomes das vítimas na Saldanha Marinho, onde ainda houve apresentação musical com artistas conhecidos na cidade.
- Pode parecer impactante, mas não para nós. Chega de calma. Gostaria de ouvir o nome da minha filha em um listão do vestibular, por exemplo. Mas esse é o preço. É mais uma forma de gritar e dar um basta no protecionismo - afirma Ligiane Rigui da Silva, mãe de Andrielle Ruigui da Silva, 22 anos.
O presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Adherbal Ferreira, adiantou que, em abril ou maio, haverá um seminário sobre prevenção de incêndios, aos moldes do congresso que se iniciou no sábado e terminou nesta segunda.
- Embora tenho nos mutilado arrancando os filhos da nossa vida, nós queremos que isso se transforme numa coisa boa. Não podemos perder a esperança - disse Adherbal.
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