Tudo parecia resolvido. Até que lembrei de outra importante colaboração que merecia, ao menos, uma averiguação. O amigo Carlos Farias, mais conhecido por Kato, me alertou sobre um livro intitulado “Santa Maria 200 anos, a História da Economia do Município”, escrito por Cirilo Costa Beber, lançado em 1998 e que tratava, dentre outras coisas, da trajetória de várias empresas da cidade. Fui atrás dele e consegui localizá-lo no Arquivo Histórico Municipal. O livro é simplesmente espetacular. Nada mais, nada menos do que a história do crescimento econômico de Santa Maria. Um trabalho de muito fôlego, pesquisa e conhecimento. Um presente que o autor deixou para as gerações futuras entenderem como a nossa economia se desenvolveu.
Pois bem, lendo trechos do livro, me deparei com um volume impressionante de informações. A título de curiosidade, a Casa Jacob, por exemplo, que foi uma das lojas mais populares da cidade, vendia tanto no auge do setor ferroviário que o proprietário, Sr. Jacob Russowski, tinha que abrir as portas às 5 da manhã para atender os passageiros dos trens. No livro também é relatado, com riqueza de detalhes, a importância dos italianos, libaneses, judeus, alemães e outros povos para o progresso e desenvolvimento de Santa Maria.
Quando já estava finalizando minha rápida leitura, a surpresa. A Confeitaria Copacabana não era a mais antiga. Havia outra empresa surgida bem antes e que se encontra em plena atividade. Essa empresa é a Funerária Cauzzo, fundada em 10 de março de 1914 e, portanto, com 107 anos de vida.
Ainda sobre esse assunto, considero importante mencionar outra empresa de longa história e que segue em funcionamento: a Farmácia Cruz Vermelha. Fundada em 26 de março de 1927, está situada, atualmente, na esquina da Rua Venâncio Aires com a Av. Rio Branco, em frente à Praça Saldanha Marinho.
Recebi, também, outro importante contato interessante de ser mencionado. A Estofaria São Cristóvão, também conhecida como Estofaria Dalla Lana, possui em torno de 85 anos de existência, sendo 10 anos em Silveira Martins, onde nasceu, e mais 75 anos aqui em Santa Maria, sendo sempre administrada pela família Dalla Lana e que se encontra na terceira geração.
Por fim, como comentei na coluna passada, essas empresas sobreviveram ao tempo e a todas às intempéries, mantendo-se vivas, fortes e atuantes no mercado, gerando emprego, renda e orgulho para a comunidade santa-mariense.
CONFIRA OUTROS TEXTOS:Em Santa Maria, qual a empresa mais antiga em funcionamento?